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Sabatina

João Luis dos Santos

Publicado aos sábados

30/11/2019

Késia e Gugu Liberato

As trágicas mortes da jovem penapolense Késia Andrade e do apresentador televisivo Gugu Liberato comprovam do nosso eterno despreparo para a morte. Queremos viver e viver de forma abundante, viver de forma plena e solidária. Tanto Késia como Gugu estavam em ótimas fases de suas vidas, ela ainda jovem, ele entrando na fase idosa, ambos sempre em sorrisos e em gratidão, com muita vontade e alegria de viver. Certamente tinham muitos planos para suas vidas, sempre vinculadas às pessoas da família. Vidas que foram bruscamente interrompidas na construção de seus sonhos. Késia em Penápolis, Brasil, Gugu em Orlando, nos Estados Unidos, estavam em momentos de busca, em atividades que visavam o bem estar para as pessoas que os rodeiam.  E, de repente, sem imaginar o que os ambientes onde pisavam lhes reservavam, o universo tirou suas vidas. As tragédias humanas são tragédias humanas. E, certamente, não podem ser creditadas a Deus. Gugu escolheu fazer algo que hoje as pessoas acham que foi arriscado fazer. Késia estava em um local confiante de que estava em local seguro. Gugu caiu e caíram escombros sobre Késia. E ambos não levantaram. De suas inestimáveis perdas, ficam os exemplos para todos nós. Exemplos de que a vida deve ser vivida em sua plenitude. Késia e Gugu, cada um de sua forma, combateram o bom combate.  

 

Já começaram mal

Pretensos analistas em “política local” já começam “destilar seus venenos” em relação aos supostos candidatos a prefeito de Penápolis nas eleições municipais de 2020, bem como em relação aos partidos políticos que possam formar coligações ou blocos de apoio a candidatos. O problema acontece quando emitem pareceres ou opiniões como se fossem isentos de partidarismos, como se estivessem acima do bem e do mal. Assim como aconteceu em 2018, o período da eleição de 2020 será mais curto, havendo tempo para definição, escolhas e decisões políticas e partidárias e também decisões pessoais. As pessoas podem mudar de partido 6 (seis) meses antes da eleição, reduzindo o que antes era de 1 (um) ano. As convenções poderão ser realizadas em tempo menor que antes, jogando para mais próximo do pleito as definições. Porém, os supostos analistas, inclusive já cometendo crimes eleitorais e abuso do poder econômico, estão muito apressados em análises preconceituosas e eivadas de um posicionamento não eficaz em sociedades que ainda zelam pela democracia e pelo direito ao contraditório.

 

Indicação de caráter

Aliás, o melhor indicador de caráter de uma pessoa é como ela trata as pessoas que não podem lhe trazer benefícios. Outro indicador: quando uma pessoa fala mais mal de outros do que bem daqueles que eventualmente apoiam. São como metralhadoras giratórias que tentam atingir os outros e preservar a si mesmos. Apontam o dedo indicador para o outro, mas se esquecem de que três de seus dedos apontam para si mesmo. Ri-se o sujo do mal lavado. Pessoas sem autocontrole emocional, que sempre estão patinando em tudo que faz na vida. Há um provérbio bíblico que nos ensina: “a morte e a vida estão em poder da língua, quem bem a utiliza come do seu fruto”. Autoestima baixa e sempre dependentes de outras pessoas. Trata-se do padrão de comportamento de pessoas derrotistas que encontram inimigos em todas as esquinas. Se olharem em um espelho vão encontrar o maior inimigo de suas vidas. Nas eleições gerais de 2018 parece que deu resultado o comportamento de candidatos baseado de xingamentos, bravatas e tentativa de rebaixar os adversários. O povo penapolense não aceita esse tipo de comportamento e tem rejeitado candidatos, políticos e partidos que falam mal dos outros em vez de propor saídas e soluções para os desafios locais. 

 

Recado aos postulantes

Winston Churchill – considerado um dos grandes estadistas do século XX – e também outro grande estadista e humanista, Nelson Mandela, em conselho aos homens e às mulheres que exerceram, que exercem ou pretendem exercer funções públicas, diziam que o primeiro passo de um pretendente é a  noção de tempo. Saber que nada começou e nada terminou em sua época. Que as pessoas iniciam do meio da jornada, pois outros iniciaram antes e que outros vão continuar na jornada depois que alguns ficarem no meio do caminho. Todos – mais cedo ou mais tarde - vão ficar no meio do caminho. O segundo passo é a humildade, para saber que ninguém é melhor que ninguém. Cada um fez e faz o seu melhor, com senso de oportunidade e de escolhas. Terceiro, que tenha a habilidade de ouvir mais e falar menos. O que chamamos de escuta ativa. Quem fala muito não tempo de ouvir as pessoas e nem reconhecer que é apenas uma simples peça em uma grande e complexa engrenagem social, cultural e política. As pessoas de boa vontade devem e podem usar as palavras para a generosidade, ajudando um pouco na cidade e na sociedade que estão em ativa (re) construção. É isso.

 

Recado de Alegron de La Serna

“Quando olhou no espelho encontrou todas as razões de todas as derrotas da sua vida”.

 

santos.joaoluis@yahoo.com.br

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