FERREIRA ENGENHARIA Horizontal topo

Colunistas

home

Sabatina

João Luis dos Santos

Publicado aos sábados

20/12/2019

Natal de cada um

A simbologia do Natal certamente se manifesta de forma diferente em cada um de nós. Cada cabeça, um Natal. Para a grande maioria, momento ímpar de confraternização, em que se comemora com amigos e familiares a finalização de mais um ano, enchendo-se de energia e de ideias para os desafios do ano vindouro. Coincidentemente, o Natal acontece faltando uma semana para a virada do ano e, por isso, o sentimento binômio de finalizar / recomeçar também se mistura ao Natal. Feliz Natal e Próspero Ano Novo. Ou Feliz Natal e um Ano Novo de Prosperidade, muitas Alegrias, Saúde e Paz. Alguns são mais diretos “muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender”. Eis o Natal que se mistura e se irmana com o Ano Novo. De outro lado, temos pessoas que não fazem muita questão das comemorações natalinas. Há pessoas que não veem a hora de logo terminarem os barulhos, as festividades, os pisca-piscas, as promessas de presente, a febre do consumismo desenfreado que consomem as parcas finanças da grande maioria do povo brasileiro. Mais do que um evento externo, o Natal tem muito de interno dentro da gente que, ano após ano, vai se formatando aos nossos sonhos e às nossas de metas pessoais ou profissionais. E nesse caso não há como não difundir clichês: que o seu Natal e o seu Ano Novo, prezado leitor, prezada leitora, sejam momentos de construção da Paz e da Felicidade entre as pessoas e as pessoas e o mundo.   

 

Cuidar de si mesmo

Trata-se da segunda regra do livro “12 Regras para a Vida”, do escritor e pesquisador Jordan B. Peterson, publicado pela Editora Alta Books. O autor afirma que teve inúmeras profissões e hoje atua também como professor, daquele tipo em que seus alunos fazem questão de dizer que “o professor que transformou a minha vida”. Diz o autor em um trecho do livro: “cuidar de si mesmo da forma como cuidaria de alguém sob a sua responsabilidade significa considerar o que seria realmente bom para você. Não se trata de ser o que quer ou o que acredita que o faria feliz. Mas considerar o futuro e pensar: como a minha vida seria se eu tivesse cuidando de mim adequadamente? Qual carreira me desafiaria e me tornaria produtivo e prestativo, de modo que eu pudesse carregar minha parte do fardo e aproveitar as consequências? O que eu deveria fazer quando tenho certa liberdade, para melhorar minha saúde, expandir meu conhecimento e fortalecer meu corpo?” Reparar em nós mesmos, eis um grande desafio.

 

Cuidar dos outros

Outro grande desafio para nós, seres humanos, é cuidar do outro, cuidar bem das pessoas que nos cercam e que dão sentido coletivo para as nossas vidas, pessoal e profissional. Sabemos que, cada vez mais, as pessoas estão se distanciando uma das outras, muitas vezes sentadas numa mesma mesa ou dormindo em um mesmo quarto. Sobra indiferença e individualismo, atitudes que têm como base o desamor, e falta a presença e a solidariedade, essenciais para a amorosidade humana. Em uma de suas inspiradas cartas, São Paulo Apóstolo diz: “sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: amarás o teu próximo como a ti mesmo” (GL 5.13b-14). Cuidar dos outros é outra face do cuidar de si mesmo, porque vira um ciclo virtuoso de que ninguém largará a mão do outro, as pessoas cuidando umas das outras.  

 

Cuidar do mundo

O Papa Francisco tem insistido sobre a necessidade de todos e de todas cuidarem, cuidarmos, da nossa Casa Comum, que é o Planeta terra. Trata-se de uma responsabilidade de todos e todas cuidarem bem da Casa Comum. Se os seres humanos construíram o direito fundamental de usufruírem da natureza, há a contrapartida do dever fundamental de preservar essa fruição da vida. A conhecida frase do Profeta Amós (“quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”) é reveladora sobre a eterna necessidade de cuidarmos da Casa Comum. Em sua já famosa encíclica Laudato Si (louvado sejas), exatamente com o subtítulo “sobre o cuidado da Casa Comum”, Papa Francisco critica o consumismo e o desenvolvimento irresponsável que destroem os recursos naturais e faz um apelo para a união dos povos e dos governos para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas. E podemos cuidar do mundo, começando pelas nossas casas privadas, com atitudes simples em nosso dia a dia.   

 

Ordenação Diaconal

A celebração eucarística para a Ordenação Diaconal dos penapolenses Luiz Marcos Bonini, Nilson Miguel Werner Arrua, Sérgio Luís Senatore e Vanderlei Alves Pereira, cristãos católicos penapolenses, de grande atuação comunitária, movimentou a comunidade católica quinta-feira passada, dia 19 de dezembro. Com a presença do nosso Bispo Diocesano Dom Francisco Carlos da Silva, Padres e Freis de diversas paróquias locais e da região, o Santuário São Francisco de Assis lotou em sua capacidade máxima. Os quatro penapolenses ordenados são casados, constituíram belas famílias e sempre tiveram marcante presença e participação na comunidade local. Cada um em sua profissão e em seus afazeres, agora também passam fazer parte do clero local, na condição de Diáconos Permanentes, que é uma vocação da Igreja em prol da comunhão e outros serviços comunitários.  Atuando em três dimensões, familiar, profissional e eclesial, estarão, sem dúvida alguma, mais capacitadas para atuação no anúncio das Boas Novas.  Muita saúde e Graças aos amigos Bonini, Senatore, Vanderlei e Miguel. Longa e bela vida nessa pescaria de almas.

Comentários

Atenção: Os comentários feitos pelos leitores não representam a opinião do jornal ou do autor do artigo.

Outras publicações