Sindicato pede reposição da inflação de 6,19% no salário dos servidores

Cidade

Lucas Belussi 22/02/2013

O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais) de Penápolis está reivindicando junto à Prefeitura Municipal uma reposição salarial de 6,19%, referente à correção da inflação.
Apesar do atual prefeito Célio de Oliveira (PSD) ter anunciado que os funcionários não receberiam aumento neste ano devido às dificuldades financeiras encontradas no começo de sua gestão, as partes já iniciaram conversas. O presidente do sindicato, Anderson Leone Mioti da Silva, o Batata, revela que três reuniões já foram realizadas com o prefeito e outra está marcada para a próxima segunda-feira. “O novo prefeito está sendo muito transparente e sabemos das dificuldades financeiras, porém estamos conversando e pretendemos ao menos repor os índices de inflação no salário dos servidores”, revela.
De acordo com ele, o diálogo entre as partes é acima da expectativa e que o Sindserv não apresentou uma proposta formal. “Estamos conversando para ver o que a Prefeitura consegue oferecer e estamos otimistas devido a disposição apresentada pela administração municipal”, disse. “Infelizmente eu não sou o responsável pelo cofre e não podemos lesar as finanças da cidade”, completa.  
Como a data base para o reajuste dos servidores é o mês de fevereiro, a assembleia geral deve ser realizada até a próxima sexta-feira. A expectativa é que a Prefeitura apresente uma proposta na segunda-feira e que o edital de convocação dos servidores ocorra no dia seguinte, respeitando os três dias de antecedência previstos em lei.
“A assembleia é unânime na decisão e algumas alternativas podem ser apresentadas no local e ser aceita pelos servidores, por isso queremos marcar o encontro rapidamente, mas dependemos da agenda do prefeito que irá explicar as dificuldades e apresentar sua proposta”.
Conforme apurado pela reportagem, existe a possibilidade da administração munic
ipal oferecer um abono salarial, porém o sindicato é contrário à ideia devido a problemas jurídicos ocorridos no passado.
Outra possibilidade é que os funcionários esperem alguns meses para o novo prefeito se inteirar completamente sobre as dificuldades financeiras que a administração municipal enfrenta e oferecer uma proposta de reajuste no segundo semestre.
DEMISSÕES
Batata comenta que a grande dificuldade é que a prefeitura já estourou o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal com a folha de pagamento. No mês de dezembro, os gastos com os salários foram de 54,24% do orçamento, 0,24% a mais que o permitido.
“Esta situação permite que a prefeitura faça demissões de funcionários seguindo alguns critérios e nós lutaremos para que isso não ocorra mesmo com as dificuldades”, finaliza.
A reportagem tentou entrar em contato com o prefeito Célio de Oliveira na tarde de ontem, porém ele estava em viagem à cidade de São Paulo em busca de recursos para a cidade.