Dirso Belarmino e mais quatro réus serão julgados no mês de março
Cidade
Lucas Belussi 27/02/2013A Justiça de Penápolis agendou cinco julgamentos para março. O principal é do auxiliar de enfermagem Dirso Belarmino da Silva, acusado de matar a própria filha e a ex-namorada em crime ocorrido em dezembro de 2009 na cidade de Alto Alegre. O primeiro será realizado no próximo dia 6, onde será julgado o pecuarista Osmar Cagliari Júnior. Ele é acusado de ter tentado matar seus tios, o casal Maurício Lindório de Castilho e Simone Cristina da Silva, residentes no Sítio Vista Alegre, no bairro Urutágua, em Penápolis. O crime ocorreu em 2007. Segundo a denúncia, ele foi até a residência do tio armado com uma espingarda de calibre 32. Ao chegar ao local, ele desferiu um tiro em direção a Simone, que fechou a porta ao ver o sobrinho portando a espingarda. O tiro não acertou a vítima. Em seguida, o acusado efetuou um novo disparo, que atingiu o lado direito do peito de Maurício. O tiro de chumbo provocou um ferimento leve. O réu, que chegou a ser preso, disse em seu depoimento que teria tomado esta atitude já que sei tio teria xingado sua mãe e feito outras provocações. Ele ainda alegou que seu plano era apenas intimidar o tio, mas um dos tiros acabou acertando a vítima. Na época, além da espingarda, a polícia apreendeu um revólver de calibre 38. Ele terá a defesa pelo advogado André Bazan Tarabini.
DIRSO
No dia 11, será a vez de sentar no banco dos réus o auxiliar de enfermagem Dirso Belarmino da Silva. Ele permanece preso e terá como defesa os advogados Luiz Gustavo F. Fornazari e Alexandre Michel Antonio. Além de Dirso, Pablo Martins Alves será julgado, já que também foi preso, acusado de participação no crime. A sua prisão após investigações, dando conta que ele foi visto em Alto Alegre em dezembro de 2009, data do crime. Segundo a denúncia, na noite o acusado, acompanhado de um amigo, estavam em um carro Kadett de cor prata, pertencente ao irmão do acusado.
Na denúncia feita pelo MP (Ministério Público) este amigo teria instigado o auxiliar dias antes a matar a ex-namorada a comerciante Eunice Berto Toldato, 32 anos - e sua filha Pâmela Flaviane Berto Toldato da Silva, 7. Dirso foi até Alto Alegre e esperou as vítimas retornarem de uma festa de casamento para surpreendê-las dentro de casa. Ele chegou a arrombar a porta da cozinha, passando a seguir a comerciante com a arma em punho, momento em que se iniciou uma discussão. Com isso, a enteada de Dirso, Carla Nathani Lopes Toldato, 12 anos, acordou após ouvir o grito de sua mãe, se dirigindo até a porta do quarto quando viu o auxiliar apontando um revólver em direção à cabeça da mulher que estava sentada no sofá da sala.
Ao perceber que a filha tinha acordado, Eunice saiu correndo e foi até o quarto onde estava a menina na tentativa de proteger sua filha. O auxiliar entrou no quarto e atirou na ex-namorada. Ele foi em direção à garota que estava sentada na cama e, ao se aproximar, efetuou os dois disparos, acertando o peito e o ombro esquerdo da menina. Logo depois, Dirso deu mais um tiro em Eunice, que já estava caída no chão. Carla contou em depoimento que viu o auxiliar indo até o quarto dos fundos, onde estava dormindo a sua irmã Pâmela. Depois disso, a garota não viu mais nada, perdendo os sentidos e só acordando mais tarde.
Ela ainda caminhou até o banheiro e conseguiu tomar banho, indo depois até a geladeira, bebendo um copo de água e voltando para a cama, quando perdeu os sentidos novamente, acordando somente por volta do meio-dia, quando ouviu os gritos de sua tia. A menina foi socorrida por uma tia. No domingo, após matar Eunice e sua filha, o auxiliar agiu como se nada tivesse acontecido, indo trabalhar na Santa Casa de Penápolis, no setor de ortopedia. Ao notar a grande movimentação que estava no Pronto-Socorro e nos corredores do hospital, Dirso acabou descobrindo que uma das vítimas havia sobrevivido ao crime e estava internada no local.
A tia das meninas viu o acusado e acionou a polícia, mas o auxiliar conseguiu fugir, indo até Marília e posteriormente embarcando em um ônibus com destino ao Paraná. Dirso foi preso na madrugada seguinte em um ônibus em Ponta Grossa (PR). Ele pretendia chegar até a cidade de Joinville (SC), onde reside um dos seus irmãos. Ouvido informalmente, o acusado confessou o crime e afirmou ter jogado a arma fora. Ele ainda não teria demonstrado arrependimento e emoção pelo crime que cometeu, mesmo sabendo depois que sua filha teria pedido que tirassem uma foto dela de dama de honra para presenteá-lo. Na época em que ocorreu o crime, estavam em andamento dois processos por pensão alimentícia envolvendo o casal na Justiça de Penápolis.
TESOURA
O outro júri acontece no próximo dia 13. O lavrador Anderson de Andrade Magri sentará no banco dos réus. Ele que permanece preso terá como advogado de defesa Eder Manoel Bernal. Anderson é acusado de tentar matar a ex-amásia Ivana Teles da Silva. O crime ocorreu no dia 15 de outubro de 2010 na residência da vítima, situada na rua John Kenedy, no Jardim Tóquio. A vítima foi socorrida com a tesoura cravada nas costas. Conforme a denúncia, o acusado, foi até a residência de sua ex-amásia e bateu na porta dizendo que estava levando leite para ela e o filho.
Por causa disso, a vítima abriu a porta e o homem entrou, sendo que posteriormente, a garçonete pediu para ele ir embora. Como houve a recusa, a jovem pegou o telefone celular e ameaçou chamar a polícia, momento que o lavrador pegou a tesoura e começou a desferir diversos golpes no corpo da vítima. Conforme apurado pela reportagem, a tesoura é do tipo escolar. Ela foi socorrida pela Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros de Penápolis e encaminhada ao Pronto Socorro local, onde recebeu atendimento, sendo liberada posteriormente.
PINTOR
Já no dia 20 do mesmo mês, o pintor Alan Brendo Carrareto Marques será julgado. O réu - que responde o processo preso - é acusado de matar a tiros o servente Renan Alves de Souza, 23 anos. A defesa do acusado será feita pelo advogado João Antonio de Castilho. O crime ocorreu na noite do dia 16 de abril de 2011, no cruzamento da rua Augusto Pereira de Moraes com a avenida Olsen. Segundo a denúncia, pouco antes de ocorrer o homicídio, policiais militares receberam duas denúncias por meio do 190, informando que o ocupante de um veículo Corsa Milenium, branco, placas de Araçatuba, estaria armado.
Porém, em averiguações pela área, o carro não tinha sido localizado. No entanto, o servente foi identificado e abordado por outros policiais, de acordo com as descrições das roupas usadas pela vítima, enquanto caminhava pela avenida Leandro Ratisbona de Medeiros, mas nada foi encontrado. Minutos depois, a PM recebeu a denúncia sobre o crime e foi até o local. Ao chegar, encontrou o Corsa estacionado defronte a uma boate, com os faróis acesos e o rádio ligado.
A vítima estava deitada, já sem vida, no banco traseiro, com várias perfurações de projéteis de arma de fogo, sendo que a porta dianteira do lado esquerdo estava aberta e o vidro da porta traseira, no chão. Segundo relatos de testemunhas que estavam no local, Renan estacionava seu carro quando um indivíduo de motocicleta se aproximou fazendo dois disparos, atingindo o parabrisas do veículo. Na tentativa de escapar do homicídio, o jovem chegou a pular para o banco de trás, mas recebeu outros três tiros. No interior do carro, foram encontrados e apreendidos dois aparelhos celulares, três projéteis amassados, aparentemente calibre 38, e a quantia de R$ 282.
O Corsa também foi apreendido e recolhido ao pátio de uma empresa particular da cidade. O acusado, Alan Brendo Carrareto Marques, se apresentou espontaneamente no 1º Distrito Policial e prestou depoimento ao delegado Jovair Marcos Gruppo, que pediu sua prisão temporária, sendo aceita pela Justiça. Marques revelou que teve uma desavença e foi agredido pela vítima um pouco antes do assassinato. Por isso, pegou o veículo e a arma e foi até o local do crime atrás do servente. Ao localizá-lo, a vítima teria simulado que pegaria uma arma, por isso o acusado atirou. Ele confessou ainda que estava sozinho na motocicleta e que jogou a arma em um rio. Em depoimento, o acusado alegou legítima defesa.
O último júri acontece no dia 27, onde o réu será Donizeti José Alves de Abreu. Ele terá como defesa o advogado Cléo Flores Siviero.
Comentários
Atenção: Os comentários feitos pelos leitores não representam a opinião do jornal ou do autor do artigo.