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Usina consegue venda de mercadoria futura e garante recursos até a safra

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Depois de enfrentar dificuldades financeiras no ultimo mês, a Companhia Açucareira de Penápolis (Usina Campestre) normalizou seu fluxo de caixa realizando venda de mercadoria futura. Com isso, a situação financeira da empresa está normalizada até o início da safra que ocorrerá no dia 10 de abril.
O diretor superintendente da usina, José Carlos Fernandes de Alcântara, explica que a usina realizou uma vantajosa operação de venda de álcool para entrega futura, por isso conseguiu quitar a folha de pagamento de fevereiro, avaliada em cerca de R$ 800 mil, com um dia antes do vencimento.
“Estamos com o salário de todos os trabalhadores rigorosamente em dia e podemos afirmar que não enfrentaremos dificuldades financeiras até o início da safra”, revela. A estratégia de venda de mercadoria futura foi intensificada desde o início do ano quando a Campestre começou a enfrentar dificuldade financeira, inclusive atrasando o pagamento da folha de janeiro.
O problema ocorreu por causa do fluxo de caixa, ocasionado pela redução de 34% no preço do açúcar no mercado internacional em relação ao ano de 2011. A queda no preço fez com que a Campestre deixasse de ganhar mais de R$ 30 milhões.
Além disso, a empresa BS Factorin que desde 2010 fazia aporte financeiro na usina durante a entressafra deixou de realizar a operação, apesar de estar com os pagamentos em dia.
Em 2010, por exemplo, a BS injetou R$ 12 milhões, sendo que em 2011 foram R$ 9 mi e no ano passado R$ 13,7 mi. Os valores eram devolvidos com juros médios de 3,5% ao mês.
A BS e Campestre estavam negociando um novo aporte financeiro, porém os proprietários da Factorin desistiram do negócio no mês de dezembro sem revelar os motivos.
SAFRA
O início da safra que está previsto marcado para o dia 10 de abril. Atualmente, os equipamentos da empresa passam por manutenção que custarão R$ 7,5 milhões.
Atualmente, a usina já garantiu em contrato 1,750 milhões de toneladas de cana-de-açúcar para a safra 2013. Porém, a direção da usina acredita que devido ao crescimento da vegetação, a quantidade pode chegar a R$ 2 milhões, atingindo a estimativa da prevista pelo Plano de Recuperação Judicial. “Esperamos ter este ano uma safra normal, conseguindo moer a quantidade prevista no plano, o que auxiliará muito no pagamento das dívidas na empresa”.
Sobre a liberação da queima controlada da palha da cana-de-açúcar na região de Araçatuba, que a Justiça Federal autorizou na última segunda, Alcântara comenta que medida beneficiará os pequenos fornecedores.  
“Eles teriam que cortar a cana crua, porém isso aumenta o custo em mais de 100%, o que traria muitos prejuízos a esses produtores que enfrentariam dificuldades”, finaliza.



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