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Integrantes do MST pedem apoio do prefeito para assentamentos

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Integrantes do acampamento Nelson Mandela, ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) tiveram nesta quinta-feira (26) garantias de que o prefeito Célio de Oliveira (PSD) somará forças para ajudar nas necessidades prementes das famílias e na luta por futuros novos assentamentos em Penápolis. Célio assegurou que seus secretários de Educação, Assistência Social, Agricultura e direção do Daep dariam imediato suporte às reivindicações.
Na próxima semana, Célio se unirá ao comando do MST para conversar com o Ministro da Reforma Agrária, Pepe Vargas  (Gilberto José Spier Varga), que estará em Promissão. Também aproveitando viagem a trabalho a São Paulo, Célio pretender estar no escritório do INCRA levando reivindicação do acampamento e ver o que pode ser avançado na questão da reforma agrária em Penápolis.
Junto ao Governo de São Paulo, o prefeito também se comprometeu em verificar se é possível destinação de parte de área do Colégio Técnico Agrícola para assentamentos. Sobre a reivindicação para destinação de outras áreas urbanas, especificamente em loteamentos e pertencentes ao município, Célio disse que isso, a princípio, não será possível. Dirigentes do movimento apresentaram uma lista com mais de 30 alqueires que poderiam ser utilizados numa reforma agrária municipal.
Para o quesito alimentação, os Sem-Terra querem semanalmente gêneros hortifrutigranjeiros que são adquiridos na Cooperativa de Promissão. Uma vez por mês, precisam do transporte de cestas básicas de Bauru a Penápolis, destinadas pela Conab. Célio afirmou que, dentro da legalidade poderá colaborar.
O diálogo mantido pelo prefeito e o seu comprometimento com a causa agradaram às famílias do acampamento, que estiveram também na segunda-feira na Câmara de Vereadores expondo seus propósitos. Como não avançou-se nada neste dias, eles optaram em pressionar diretamente o prefeito. Se não houvesse atendimento, prometiam acampar nos corredores da Prefeitura por tempo indeterminado.
As famílias, organizadas pelo MST, ocupam já há algumas semanas as margens da Fazenda São José. Emergencialmente necessitam de água potável, alimentação, transporte de crianças para escola e banheiros químicos. São aproximadamente 140 famílias que não poderem invadir uma propriedade particular sob ameaça de desocupação por medida judicial de reintegração de posse, ocuparam a estrada vicinal rural enquanto aguardam uma definição. A fazenda estaria sob garantias do Banco do Brasil para recebimento de dívidas da Usina Campestre. O Incra já estaria em negociação para a aquisição e destinação da propriedade para a reforma agrária.
PACÃFICO
Cerca de 80 pessoas do MST foi até a Prefeitura na manhã de ontem e ocupou os corredores do Gabinete do Prefeito, querendo conversar com Célio. De forma pacífica, eles chegaram ao Paço às 8h10 e aguardaram até por volta das 9h20 pela chegada do prefeito, que não estava no prédio.
A bandeira do movimento foi colocada sobre a placa indicativa do Gabinete do Prefeito, no corredor, próximo ao elevador. Enquanto esperavam pelo atendimento, gritavam duas frases de ordem: “Se o campo não planta, a cidade não janta” e “MST: a luta é pra valer”.
Assim que o prefeito Célio chegou, pediu para seu secretário de Governo, Enio Almeida, formar uma comissão com quatro pessoas para ser recebida. A proposta foi recusada pelos Sem-Terra. Para iniciar a reunião, aguardaram pela presença do padre Severino, do Assentamento de Promissão.
O prefeito aceitou receber a todos para conversar na sala da Oficina Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação. O encontro, que durou cerca de 50 minutos, transcorreu de forma respeitosa e ordeira.
Por conta própria, o Movimento decidiu interditar a estrada no período da tarde para tráfego de veículos, especificamente transportadores de cana-de-açúcar, no sentido de sensibilizar para o perigo que os acampados enfrentam pela alta velocidade dos caminhões e a poeira causada pelo trânsito dos mesmos.



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