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Servidores da Santa Casa aceita acordo e greve termina na manhã de ontem

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Após quatros dias de paralisação os funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Penápolis, aceitaram o acordo coletivo de trabalho proposto pelo hospital na manhã de ontem, 5, que contempla um reajuste de 9,34%, bem como, a mudança da data-base e o pagamento do 31º dia de cada mês, colocando fim a greve iniciada no último dia 2. Segundo o presidente da Irmandade, Antônio Carlos Oberg, conhecido por Tonheira, o acordo só foi possível após a prefeitura sinalizar que poderia repassar serviços de esterilização de materiais e de refeição. “Com o serviço a ser realizada pela Santa Casa nós teremos um aporte financeiro mensal na casa dos R$ 30 mil mensais, que nos possibilitou proporcionar o aumento a todos os funcionários”, comenta. Acrescentou ainda que a Irmandade iria estudar nos próximos meses um plano de carreira para o hospital. “É inadmissível que um profissional de saúde ganhe mesmo que um frentista de posto de gasolina” salienta. Já o presidente do SinSaúde – Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviço de Saúde de Araçatuba, Erivelto Correa de Araújo, lembrou a importância que o presidente da Irmandade, Antônio Carlos Oberg e do prefeito Célio de Oliveira, tiveram na condução das negociações durante o período de greve.
“Queríamos dizer que esse acordo só não estava sendo feito porque faltava um homem como o ‘Tonheira’ e ao mesmo tempo ao prefeito que comprometido com o seu povo nos ligou constante para tentar resolver sem a greve começar”, referindo-se ao Célio não como prefeito, mas como amigo.
Para a representante do sindicato dentro da Santa Casa, Arli Estela Parpinelli dos Santos, foi importante a participação e o envolvimento de todos nesta conquista.
“Nós queríamos agradecer imensamente a população de um modo geral que entendeu o propósito dessa paralisação, bem como, os médicos do hospital que se desdobraram para atender a todos os pacientes das alas do hospital, sendo parceiros na hora da fome onde se dispuseram e pagaram lanche para nos alimentar. E não podemos esquecer da Rad Med que literalmente abriu as portas e não nos deixou passar frio ou tomar chuva”, lembra.
Para o prefeito Célio de Oliveira se tivesse tido um maior diálogo não tinha iniciado a greve.
“Pode ter certeza que se a prefeitura tem a obrigação de mandar dinheiro para a Santa Casa, foi porque lá atrás eu enquanto vereador iniciei a discussão na Câmara”.
Ele também falou do aporte financeiro que destina todo mês para o hospital. “Somente no ano passado nos mandamos em média para a Santa Casa R$ 300 mil por mês. Neste ano, até agora já foram R$ 320 mil mês”, comenta.
Lembrou também que auxiliou a Irmandade nas situações difíceis com os médicos anestesistas, da geriatria e obstetrícia. “Na prefeitura a Santa Casa tem um parceiro de verdade que propiciou inclusive ajudar neste momento, desta vez com os enfermeiros”, salienta.
Célio comentou ainda que em parceria com o ‘Tonheira’, iniciará uma conversa com a Irmandade para discutir um novo modelo de gestão. “Já conversamos e entendemos que a Santa Casa necessita começar um novo ciclo, onde priorize uma gestão moderna, tratando a saúde como um negócio e a vinda de uma OS (Organização Social) seria uma saída viável”, disse.
ACORDO
O acordo assinado na manhã de ontem entre o sindicato da categoria e a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Penápolis, prevê a vigência e mudança da Data-base de maio para o primeiro dia do mês de setembro de cada ano.
Com o reajuste salarial o percentual ficou na casa de 9,34% referentes ao INPC/IBGE, sendo que 7,51% é da inflação acumulada e 1,83% de aumento real em folha.
Para o presidente do sindicato, Erivelto Correa de Araújo, uma das maiores conquistas foi o reconhecimento da Santa Casa de Penápolis para o pagamento do dia 31.
“Todos nós recebemos 30 dias de trabalho, entretanto, trabalhamos apenas 28 dias no mês de fevereiro e assim ganhamos dois dias. Contudo, por outro lado, nos trabalhamos sete dias por ano quando nos meses com 31 dias. Para isso resolvemos que os meses de janeiro e março seriam para recompensar fevereiro e os outro cincos (Maio, Julho, Agosto, Outubro e Dezembro) nós receberíamos”, comenta.
No item “C” da clausura quinta deixa claro que do mês de dezembro será incorporado na folha de pagamento para ser repassado ao Sindicato, a título de contribuição negocial pela participação nas negociações coletivas salariais.
Os salários dos profissionais a ser pagos a partir de outubro ficarão assim: Serviço de Apoio R$ 941,92, Serviços Administrativos R$ 993,10, Auxiliares de enfermagem e outras áreas da saúde R$ 1.078,00 e técnicos de enfermagem R$ 1.134,25. 
Ao final foi assinado o termo de encerramento de greve pelo presidente do sindicato Erivelto Correa de Araújo e o presidente da Irmandade Antônio Carlos Oberg e testemunha do prefeito Célio de Oliveira que fica estabelecido que não ocorrerá nenhuma represália, perseguição, demissão ou desconto de dias parados em razão da participação reivindicatória na Santa Casa de Misericórdia.



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