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Gabriel Pirani, aos 12 anos, é grande promessa no Santos Futebol Clube

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“E lá vem o time do Santos no contra-ataque com Gabriel; o atacante dominou a bola, driblou um, passou pelo segundo, linda jogada; avançou na grande área partiu, bateu –tira o zagueiro, sobrou novamente para Santos, Gabriel domina e chuta pro Goooooool – É do Santos! E foi ele: Gabriel Pirani, o craque da camiseta número 10!”. Esse relato é do primeiro gol do penapolense Gabriel Pirani, vestindo a camisa do time alvinegro praiano. Ele que aos 12 anos é acompanhado de perto pelos avós paternos Darcy Pirani e Judith Cogo, que resolveram mudar para a cidade de Santos, onde cuidam exclusivamente do talentoso neto. Gabriel foi descoberto pelo treinador Ademir Leite, nas escolinhas de futebol mantidas pela Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Juventude do município. Ele frequentava os treinos três vezes por semana e nos finais de semana jogava para o time da cidade nos campeonatos da região. Num desses jogos Ademir resolveu colocar Gabriel (dois anos mais novo que a categoria que ele estava disputando) para jogar. “Nós estávamos perdendo de 2 x 0 para o Bandeirantes de Birigui, quando ele entrou a primeira bola que ele recebeu fez ‘fila’ e entregou de bandeja para o atacante marcar o gol. Num segundo lance fez a mesma coisa e empatamos o jogo. Naquele dia ele acabou com o jogo”, recorda orgulhoso o treinador Ademir.
Pelos campos da terra de Maria Chica, Gabriel foi campeão, artilheiro e melhor jogador de vários campeonatos. Vendo o talento do menino, e com o apoio e liberação dos pais, resolveu levá-lo para realizar testes no São Paulo Futebol Clube, onde com nove anos passou nas duas primeiras avaliações.
Já com 10 anos, quando acabara de realizar o terceiro teste no tricolor, o Santos Futebol Clube resolveu convidá-lo para integrar o time da base do clube.
Com a possibilidade de jogar no time que revelou Pelé, Robinho, Diego, Paulo Henrique Ganso e Neymar, seus pais Marcos Antônio Cogo Pirani e Aparecida Graças Cordeiro Pirani, a Cidinha, diretores da Expir Transportes, resolveram montar uma estrutura mínima para dar conforto e segurança ao filho nesta jornada até o profissional. Alugaram um apartamento, fizeram a mobília e convidaram os avós de Gabriel, Darcy e Judith, para morarem na Baixada Santista.
Para acertar todos os detalhes, bem como, a adaptação de Gabriel à nova cidade, Cidinha chegou a ficar mais de um mês em Santos, onde matriculado o filho no colégio indicado pelo clube. Atualmente, ele frequenta o sétimo ano do ensino fundamental.
De acordo com o irmão do craque mirim, Leonardo Pirani, 16, todos da família vivem em função do caçulinha.
“Quase todos os finais de semana minha mãe e eu viajamos para a baixada para vermos o Gabriel jogar. É impressionante, até hoje sei de onde ele tirou tanto talento”.
Leonardo comenta ainda que o avô Darcy é o grande tutor da jovem promessa. “Ele leva o Gabriel pra escola, pro treino, pros jogos, tornou-se um segundo ‘paizão’ do Gabriel. Nós temos uma foto do meu avô vibrando com o primeiro gol dele no Santos”, comenta.
O Santos FC tem o cuidado de proporcionar não somente ao atleta, mas à família, uma atenção especial. Todo ano, a direção da categoria de base manda cartinhas para as mães para felicitá-las no dia tão especial.
Além do registro histórico com fotos, vídeos, cópias de súmulas e recortes de jornais, o Santos proporciona também uma sala de estudos destinada ao reforço e acompanhamento escolar nos ensinos fundamental e médio dos atletas das equipes de base, onde as aulas são planejadas em conformidade com o calendário de competições disputadas pelos jogadores. Eles contam também com médicos, psicólogos e assistentes sociais.
FUTEBOL
Pirani como é conhecido no clube, treina do Centro de Treinamento ‘Meninos da Vila’ de terça e quinta-feira das 14h às 17h40 com time da categoria Sub 12. Nos outros dias da semana treina futsal.
No ano passado, o Santos foi campeão Paulista Sub 11 e Gabriel estava em campo vestindo a camisa 10 eternizada pelo Pelé. Durante alguns jogos do campeonato ele recebeu a faixa de capitão e com ela a incumbência de comandar o time em campo. 
Na semifinal contra o Corinthians na capital paulista, o time chegando ao estádio foi surpreendido com morteiros e bombas lançados pela torcida corintiana. Mas isso não abalou a garotada e o time santista saiu vitorioso por 4 x 0 e com ela a classificação para a grande final contra a Portuguesa. Neste jogo, Pirani desequilibrou a partida.  
Neste ano, durante um treino Gabriel quebrou a tíbia e ficou cinco meses se recuperando da contusão. Ele foi liberado para treinar com bola a duas semana e neste sábado já entraria em campo para defender o Peixe contra o time de São Caetano. E é claro toda a família estaria lá para torcer muito por ele no retorno aos gramados e ao sonho de vê-lo um dia representando Penápolis na Seleção Brasileira de Futebol.



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