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Mulheres realizam 1º Ciclo de Estudos do Coletivo Feminista Cora Coralina

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Na tarde do último sábado, 11, um grupo de mulheres penapolenses realizou na Sala Coralina o 1º Ciclo de Estudos sobre o feminismo. De acordo com Laura Escudeiro, uma das organizadoras do evento, os ciclos de estudos são organizados pelo Coletivo Feminista Cora Coralina de Penápolis. “O grupo tem como objetivo discutir problemáticas acerca da defesa e direitos da mulher, assim como organizar ações práticas e estudos teóricos sobre Feminismo”, comenta. Participaram do encontro além das jovens mulheres, homens que simpatizam com a causa e também membros do Conselho Municipal de Defesa da Mulher, como a presidente Rita de Cássia Vieira Borges, Teresa Rodrigues e Isabel Cristina.

Durante o evento foi apresentado o Movimento Feminista e suas vertentes. Segundo Escudeiro, o feminismo ganhou força no Brasil nos últimos anos, sendo que se amplificou e se dividiu em vários movimentos.
“Hoje as várias mulheres sendo ela mulher branca, a mulher negra, a mulher mãe, a mulher da periferia, a mulher jovem, a mulher lésbica, enfim, todas elas estão no movimento”, comenta.

Segundo ela, existem muitas vertentes no movimento. “O feminismo radical e materialista, é um feminismo pautado no protagonismo feminino só a mulher pode atuar dentro desse movimento, com o argumento de que o movimento é pra mulheres e deve ser feito por mulheres; também temos na teoria um feminismo liberal, que é pautado nos direitos iguais, mas leva em conta a diferença biologia entre homens e mulheres, sendo que ele tem mais a ver com ações políticas pra alcançar a igualdade” e continua: “Nas vertentes tem o feminismo interseccional, que dialoga com outros movimentos, com o feminismo negro, com LGBTT, onde entram questões de gênero, pois muitas feministas acreditam na Teoria Queer, que é a quebra do gênero, a quebra do determinismo biológico e a igualdade total entre homens, mulheres, trans, gays, lesbicas”, salienta.
COLETIVO
Laura afirma que a ideia de criar um grupo no Facebook surgiu após que ela e outras meninas como a feminista Bruna Saturnina se interessavam e queria aprender mais sobre o assunto.
“No principio, o grupo não tinha nome, a gente só postava algumas coisas, dai agente viu que tinha que se organizar melhor, daí resolvemos dar um nome, Cora Coralina, pela representatividade da Cora no feminismo e na cidade de Penápolis”, comenta.

Então marcaram vários encontros sem sucesso. “Tentemos realizar diversos encontros, até que um dia rolou piquenique até que fomos nos articulando melhor. Foi quando procuramos o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher e a Biblioteca para que nós pudéssemos ter uma sala pra fazer as reuniões”.

Laura salienta que a ideia do grupo é realizar ações praticas, como saraus, oficinas de autodefesa, oficinas sobre gênero.
CONFERÊNCIA
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Rita de Cássia Vieira Borges, comentou que de fato é muito importante para as mulheres penapolense que haja um grupo que discuta as questões do gênero.

“É importante mobilizar as mulheres para discutir os assuntos relacionados a mulher. Para isso realizaremos até setembro a 2ª Conferência Municipal da Mulher que terá por principio elencar propostas que nortearão as políticas públicas nos próximos anos”, finaliza. 



JOVEM PAN PENÁPOLIS

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