Mulheres realizam 1º Ciclo de Estudos do Coletivo Feminista Cora Coralina
Cidade
Ricardo Faria 15/07/2015Na tarde do último sábado, 11, um grupo de mulheres penapolenses realizou na Sala Coralina o 1º Ciclo de Estudos sobre o feminismo. De acordo com Laura Escudeiro, uma das organizadoras do evento, os ciclos de estudos são organizados pelo Coletivo Feminista Cora Coralina de Penápolis. O grupo tem como objetivo discutir problemáticas acerca da defesa e direitos da mulher, assim como organizar ações práticas e estudos teóricos sobre Feminismo, comenta. Participaram do encontro além das jovens mulheres, homens que simpatizam com a causa e também membros do Conselho Municipal de Defesa da Mulher, como a presidente Rita de Cássia Vieira Borges, Teresa Rodrigues e Isabel Cristina.
Durante o evento foi apresentado o Movimento Feminista e suas vertentes. Segundo Escudeiro, o feminismo ganhou força no Brasil nos últimos anos, sendo que se amplificou e se dividiu em vários movimentos.
Hoje as várias mulheres sendo ela mulher branca, a mulher negra, a mulher mãe, a mulher da periferia, a mulher jovem, a mulher lésbica, enfim, todas elas estão no movimento, comenta.
Segundo ela, existem muitas vertentes no movimento. O feminismo radical e materialista, é um feminismo pautado no protagonismo feminino só a mulher pode atuar dentro desse movimento, com o argumento de que o movimento é pra mulheres e deve ser feito por mulheres; também temos na teoria um feminismo liberal, que é pautado nos direitos iguais, mas leva em conta a diferença biologia entre homens e mulheres, sendo que ele tem mais a ver com ações políticas pra alcançar a igualdade e continua: Nas vertentes tem o feminismo interseccional, que dialoga com outros movimentos, com o feminismo negro, com LGBTT, onde entram questões de gênero, pois muitas feministas acreditam na Teoria Queer, que é a quebra do gênero, a quebra do determinismo biológico e a igualdade total entre homens, mulheres, trans, gays, lesbicas, salienta.
COLETIVO
Laura afirma que a ideia de criar um grupo no Facebook surgiu após que ela e outras meninas como a feminista Bruna Saturnina se interessavam e queria aprender mais sobre o assunto.
No principio, o grupo não tinha nome, a gente só postava algumas coisas, dai agente viu que tinha que se organizar melhor, daí resolvemos dar um nome, Cora Coralina, pela representatividade da Cora no feminismo e na cidade de Penápolis, comenta.
Então marcaram vários encontros sem sucesso. Tentemos realizar diversos encontros, até que um dia rolou piquenique até que fomos nos articulando melhor. Foi quando procuramos o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher e a Biblioteca para que nós pudéssemos ter uma sala pra fazer as reuniões.
Laura salienta que a ideia do grupo é realizar ações praticas, como saraus, oficinas de autodefesa, oficinas sobre gênero.
CONFERÊNCIA
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Rita de Cássia Vieira Borges, comentou que de fato é muito importante para as mulheres penapolense que haja um grupo que discuta as questões do gênero.
É importante mobilizar as mulheres para discutir os assuntos relacionados a mulher. Para isso realizaremos até setembro a 2ª Conferência Municipal da Mulher que terá por principio elencar propostas que nortearão as políticas públicas nos próximos anos, finaliza.
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