Bancada do PP vota contra aumento do salário dos vereadores e prefeita de Alto Alegre

Cidade

Gilson Ramos 27/02/2016

Frente
a uma das maiores crises da economia nacional, com demissões de trabalhadores
em todos os segmentos, e não sendo diferente no município de Alto Alegre, que
também sofre por várias demandas, foram as principais razões que levaram os
vereadores Adilson Patrocínio dos Santos, Vlaudemir Caetano Ferreira (Nê do
Sirso) e Alcir José Teixeira (Quim), da bancada do Partido Progressista (PP), a
serem os únicos da Câmara de Alto Alegre a votarem contra a proposta de
reajustes dos subsídios dos próprios vereadores e também da prefeita e seu
vice. Por
iniciativa da Mesa Diretora da Câmara, em sessão extraordinária realizada nesta
última segunda-feira (22), foram aprovados os reajustes em 10,67% dos subsídios
da prefeita, vice e o mesmo percentual para os próprios vereadores. E mais,
retroagindo o pagamento do aumento a 1º de janeiro de 2016.

Com
o reajuste, a atual prefeita passa a receber R$ 13.673,98 e seu vice R$
4.102,00. Já os vereadores ganharão R$ 2.392,92, e o presidente da Câmara, R$
4.102,00.

Os
Projetos de Lei nº 01 e 02/2016 foram apresentados pelos vereadores da Mesa
Diretora da Câmara de Alto Alegre, através de seu presidente Wandeyr Pinheiro
da Silva, Eduardo Ribeiro (1º Secretário) e Valdir Aparecido da Silva (2º
Secretário).

A
Câmara de Alto Alegre tem 9 vereadores.

A
reprovação pelos três integrantes do PP, segundo o líder da bancada, Adilson Patrocínio,
é para mostrar que eles pensaram no bem do município, não sacrificando as
finanças públicas, no momento tão impróprio e de crise ética e moral que vive a
política nacional.

“Temos
que dar o exemplo, a começar em nossas comunidades. Como é possível falar em
reajustar o próprio salário, e também do prefeito e vice, quando milhões de
trabalhadores estão perdendo o emprego. E as prefeituras também perdem
receitas. Hoje, é preciso muita seriedade e responsabilidade no trato do
dinheiro público. Por isso defendemos a ideia de não votar este projeto,
pensamento que infelizmente só foi seguido por nossa bancada” – relatou
Adilson.

Ainda
conforme ele, o momento é para diminuir, e não aumentar despesas. “Por isso quero
dizer que não vamos concordar, nem aprovar projetos que venham contra os
interesses da população”- finalizou.

A
exemplo do que ocorre em diversas Câmaras Municipais, com a intervenção do
Ministério Público contra os reajustes anuais, Adilson alerta que o mesmo
poderá ocorrer com o Poder Legislativo Altoalegrense. “Não era o momento para
esse reajuste. Infelizmente venceu a maioria”- finalizou.


VETO

A
prefeita Helena Berto (PV) já adiantou que vetará o reajuste de seu ganho e do
vice Nelson Bonfim (PT). A manifestação da chefe do Executivo será encaminhada ao
Legislativo.

No
caso da prefeita, os rendimentos passariam dos atuais R$ 12.350,00 para R$
13.673,98. Já do vice, subiria de R$ 3,5 mil para R$ 4.102,00.

A
Câmara tem 30 dias para apreciar o veto da prefeita e decidir se o acata ou
rejeita. Caso não aceitem seu veto, Helena já garantiu que devolverá aos cofres
públicos o percentual de aumento nos 12 meses de 2016.