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Gestantes comemoram resolução que veta cesáreas eletivas antes da 39ª semana

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A preferência
pelo parto normal não é comum na atual realidade obstétrica mundial e,
sobretudo brasileira, que se caracteriza por um número alarmante de cesarianas. Não à toa, desde
o ano passado a Organização Mundial da Saúde [OMS] vem apontando o Brasil como
o líder em cesáreas e alerta que o aumento nas práticas em partos se
transformou em uma "epidemia". Para se ter
ideia, a taxa de cesáreas na Europa, é em média, de 20% a 22%; e nos Estados
Unidos, a taxa é de 32,8%. Já o Brasil é o líder mundial com mais da metade dos
nascimentos no país realizados por cesáreas.

Segundo a
organização, existem alguns fatores culturais que contribuem para uma crença de
que a cirurgia de cesárea é mais segura para as gestantes e seus bebês, sendo
que, as próprias pacientes pedem e querem a cesariana porque acham que vão
estar protegendo a si próprias e seus filhos.

Contudo, o
Conselho Federal de Medicina [CFM] anunciou há 15 dias, uma nova resolução que
determina que o parto cesáreo só pode ser realizado a partir de 39 semanas de
gestação. Antes, a entidade estabelecia em 37 semanas o período liberado para o
procedimento. De acordo com a entidade, trata-se de uma resolução de
"caráter ético" que busca assegurar a integridade do feto.

O órgão explica
ainda que o bebê pode sofrer com o desenvolvimento antes das 39 semanas, como,
problemas nos pulmões, fígado e cérebro, provocando desconfortos respiratórios,
icterícia e até lesões cerebrais.


CONCORDAM

Para a professora
de educação física Juliana Moretti, 29 anos, que está grávida de 35 semanas crê
que é ideal para a saúde do bebê esperar.

"Na primeira
gestação eu esperei até as 40 semanas, afinal esperava pelo parto normal, mas
como não dilatei e estava perdendo líquido o médico optou por cesárea".

"Já nessa
gravidez fui surpreendida pela perda de líquido amniótico, isso já induz a
outra cesárea. Não por eu quero mais se médico acha ideal então estou de
acordo", explica.

Juliana salienta
que faria tranquilamente o parto normal, pois, um dos benefícios é a rápida
recuperação, além de que, é o próprio bebê que decide o momento exato de vir ao
mundo.

"Eu esperava
pelo parto normal, mas, assim que retornei ao médico para fazer a última
consulta ele me internou por causa da perda de líquido e por não haver dilatação;
Agora, cada um tem uma opinião sobre o parto, tenho amigas, por exemplo, que na
hora que descobriram a gestação por si mesma optou pela cesárea, pois dá para
se programar até com a data de aniversário do marido e vice versa, ou pelo
simples medo de não conseguir fazer força para ter o bebê", comenta.

Já para a
estudante Ana Garcia, 16 anos, que está grávida de 35 semanas, salienta que a
medida é importante, mas, de ressalta os casos urgentes onde o médico tem de
intervir.

"Minha mãe
teve que fazer cesárea porque meu irmão se enroscou no cordão umbilical; nesses
casos a cesárea ´ajuda´ um pouco, porém, tem seus riscos tanto pra mãe como
para o bebê".

Ana explica que
optou parto normal, porque é mais saudável e não traz prejuízos. "A dor só
é na hora e o bebê sai naturalmente. Por coincidência fui na minha medica e
perguntei como seria meu parto. Devido a minha idade, ela disse pra fazermos
uma ultrassonografia pra ver o tamanho e peso do bebê, mas, disse também que
seria da vontade dele o tipo de parto".

A professora de
balé e mamãe de primeira viagem, Ingrid Lundstedt, 30 anos, que completará
nesta terça-feira 35 semanas de gestação, comenta que acha correta a decisão do
Conselho Federal de Medicina, pois, ajuda na maturação do feto. "É importante
fazer a maturação e isso só acontece após as 38 semanas, onde todos os órgãos
do bebê estão maduros. Antes disso corre risco de ser prematuro", comenta.


Ingrid espera
fazer o parto normal, mas, se precisar não tem problema de fazer cesárea.
"Tudo indica que meu parto vai ser normal. Minha filha está encaixada  desde a 25ª semana e estou entrando  nesta semana na 35ª e ela permanece
encaixada. O fato de fazer muito exercício, pois, estou dando aulas ainda me
ajudou muito", explica.



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