Doadora de Penápolis possibilita cirurgia inédita para captar pulmões
Cidade
Da Redao 26/08/2016Doadora de órgãos, uma mulher de
Penápolis e que faleceu em Araçatuba possibilitou que se realizasse pela
primeira vez na região uma captação de pulmões. A mulher, de 58 anos, teve
morte cerebral constatada após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Ela
foi atendida no hospital da Unimed no dia 20 de agosto e, três dias depois,
perdeu suas funções cerebrais. O procedimento, ocorrido no final da
tarde e início da noite de quarta-feira (24), no hospital da Unimed, é o mais
raro do mundo devido à alta complexidade. Além dos pulmões, foram retirados
rins, córneas, fígado e ossos de doadora.
Realizada há 27 anos no Brasil (33 anos
no mundo), pela primeira vez uma captação de pulmões foi feita em Araçatuba. Também
foi a primeira vez que o hospital particular fez o procedimento, antes
concentrado na Santa Casa.
O feito ainda será estendido para São
José do Rio Preto, que receberá o pulmão retirado em Araçatuba e fará o
primeiro transplante do órgão de sua história. A captação foi realizada pela
equipe do Sistema Estadual de Transplantes, da regional de Rio Preto e Ribeirão
Preto, para onde foi encaminhado o fígado.
Segundo nota emitida pela Unimed, a disponibilização
dos órgãos da paciente ocorreu após "rigoroso protocolo que inclui exames
e avaliação neurológica", além da autorização da família.
A doadora foi velada a partir das 6h da
manhã desta quinta-feira (25) no Bom Pastor Memorial, e seu sepultamento
ocorreu às 16h30 na Necrópole de Santa Cruz.
INÉDITOO pulmão da
doadora penapolense, captado em Araçatuba, possibilitou também uma cirurgia
inédita na região noroeste paulista. Ela foi realizada durante a madrugada
desta quinta-feira (25) no Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto (SP).
Um paciente de 53 anos recebeu um transplante de pulmões.
O transplante de
pulmões no HB começou por volta da meia-noite e terminou aproximadamente às 7h.
O paciente está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para recuperação e
tratamento específico e seu quadro é estável. Ele tinha doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC), que não tem cura e pode levar à morte.
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