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Célio se diz “injustiçado” e diz que ninguém cassa vontade das urnas

Cidade

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A canção gospel
que se tornou hino de vida e motivação para a as duas campanhas eleitorais do
prefeito reeleito Célio de Oliveira (PSDB), se profetizou: “vitória com sabor
de mel”. Após “provas amargas” enfrentadas desde quando registrou o pedido de
candidatura, mesmo com a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que não
acatou o recurso e manteve a cassação do registro de campanha, ainda assim,
Célio se diz consagrado e vitorioso. “Ninguém vai
cassar a vontade das urnas. De vítima que fui do furto de um pagamento de
salário, acabei virando réu em um julgamento que, ao meu ver, e da grande
maioria da sociedade penapolense, foi feroz, injusto” – desabafou Célio no
contato com a imprensa local e regional, durante entrevista coletiva concedida
no gabinete do prefeito no Paço Municipal, na manhã desta quarta-feira, 7.

“Eu sou
vitorioso. A população avaliou e julgou a nossa administração, concedendo a
reeleição. A Justiça local garantiu o registro de nossa candidatura. Minha
foto, meu nome, e número 45 (da legenda) estavam na urna eletrônica. Os
eleitores votaram em mim, me deram a consagradora vitória, e isso ninguém mais
vai tirar. Por isso, não sou e nem me sinto derrotado” – disse Célio.

Na noite
anterior, o TSE, em julgamento “relâmpago”, nem considerou o recurso, e manteve
decisão do TER-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), que por 4 votos a
3, decidiu pela impugnação do registro de sua candidatura à reeleição.  A ação foi proposta pelo adversário Carlinhos
Baiano (PSB), da Coligação “Renovação e mudança – Nasce uma esperança”.

Durante a
entrevista, avaliou que o momento político que enfrenta o Brasil deve ter sido
um dos determinantes para que ele fosse cassado. "Não citaram (os
ministros) o meu nome e muito menos a cidade. Como eles podem julgar um
processo em 15 segundos?", questionou.

De um total de 7
votos possíveis,  6 votaram a favor do
relator do recurso do candidato impugnado, ministro Herman Benjamin. A votação
foi em lista, sem discussão do plenário, seguindo o voto do relator.

Por conta dessa
decisão do TSE, Penápolis terá nova eleição para prefeito e vice. Os 17.145
votos, correspondentes a 58,9% dos votos válidos recebidos por Célio e seu vice
Feltrin (Carlos Alberto Feltrin, do PMDB), ficam anulados.

A Corte
Eleitoral, em sessão presidida pelo ministro Luiz Fux, entendeu que Célio não
poderia concorrer, por estar inelegível devido à reprovação de contas do ano de
2010 quando estava presidente da Câmara de Vereadores.

A denúncia feita
teve como base a Lei da Ficha Limpa, por conta da rejeição das contas, e por
condenação a pagamento de multa pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo) em processo por improbidade administrativa. Ambas as decisões foram
em decorrência do pagamento em duplicidade do salário de Célio na época em que
ele comandava a mesa diretora. O primeiro pagamento foi furtado de dentro do
prédio da Câmara após ter sido sacado no banco, e deixado dentro de um envelope
em uma das mesas.

A nova eleição
apenas para o cargo majoritário, ocorrerá somente no ano que vem, mas sem data
confirmada. Os preparativos serão definidos pelo Juiz Eleitoral local após
regras fixadas pelo TRE.

Até a eleição do
novo prefeito e vice, a Prefeitura será administrada temporariamente pelo
próximo presidente do Legislativo, a ser eleito após a Sessão de Posse no dia
1º de Janeiro.


GRATIDÃO

O prefeito Célio
afirmou várias vezes durante a coletiva, que é muito grato ao povo penapolense.
“Hoje existe um clima de profunda tristeza e de indignação em toda a cidade.
Nossa votação prova isso. Não foi um resultado apertado, mas uma diferença
expressiva, de 10 mil votos em relação ao segundo colocado, e de 5 mil votos
somando todos os adversários.”

Célio ainda
frisou, que não basta o político ou o cidadão parecer honesto, ele tem de ser
de um caráter de honestidade. “Não cometi nenhuma situação de ilicitude. Tenho
20 anos de vida pública, 16 atuando na Câmara e 4 agora de prefeito. Não me
enriqueci, não lesei o patrimônio público, não cometi dolo, por isso ando de
cabeça erguida”.

Segundo Célio, a
maior manifestação que resume todo o carinho e confiança que conquistou junto à
população está nas várias mensagens de apoio recebidos ao longo das últimas
horas: “vai continuar no coração da gente”.


SOLDADO

Sobre seu futuro,
Célio disse que dará sequência ao trabalho frente à atual administração até o
dia 31, quando termina seu mandato, para discutir com seu grupo político os
nomes que disputarão as novas eleições.

Ele pretende
questionar a quebra da inelegibilidade de 8 anos. Sabedor que não pode disputar
nova eleição e nem ocupar função pública, Célio garantiu que não vai abandonar
a cidade, a Prefeitura, nem o grupo político que o acompanhou na reeleição.

“Me coloco de pé
e à disposição do nosso grupo, formado por 8 partidos políticos. Serei um
soldado a serviço da cidade. Nem a prefeitura, nem Penápolis podem parar”.

Por fim, Célio
acabou pedindo desculpas para os eleitores que votaram nele. “Não enganamos
ninguém, esse assunto foi amplamente colocado às claras, e ainda tive o
registro de minha candidatura assegurado pela Justiça local. Infelizmente fica
anulada a votação, e consequemente a eleição. Peço desculpas a todos”.

E arrematou:
"Hoje a cidade está triste com tudo isso que ocorreu. Sairei de cabeça
erguida pelo trabalho que estou fazendo e lamento a decisão do TSE, pois quem
perde com isso é a população, é Penápolis".



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