Polícia Civil esclarece homicídio de jardineiro e prende acusado
Cidade
Da Redao 05/03/2017Equipe
da Polícia Civil da Delegacia do Município de Penápolis esclareceu e prendeu o
acusado do crime de homicídio contra o jardineiro Nivaldo Baptista, de 52 anos,
ocorrido em setembro de 2016. O corpo da vítima foi localizado após denúncia do
próprio autor à Polícia Militar, dentro de uma mata e próximo da Crevisope. O
indiciado era fugitivo de uma das penitenciárias de Mirandópolis (SP) e tinha
convívio com a vítima. A
prisão do diarista de 49 anos, que é de Penápolis, ocorreu no início da tarde
de sexta-feira (3), numa propriedade rural no município de Alto Alegre, onde
ele estava refugiado deste o crime. Para conseguir êxito na captura, a operação
comandada pelo delegado Jovair Marcos Groppo e equipe de investigadores da
DelPol teve início ainda de madrugada, e depois houve necessidade de um cerco
policial à mata onde ele tentava fuga após ter sido localizado. A Polícia Civil
chegou até ele mediante investigações e denúncia de que o suspeito estaria por
Alto Alegre.
Em
depoimento ao delegado que preside o inquérito, e na presença de um Promotor de
Justiça, o preso confessou a autoria e deu a sua versão para o crime. Como ele
já era condenado e foragido da Justiça, tendo escapado da penitenciária em
março do ano passado, ficará detido até a conclusão e julgamento do novo delito
a ele atribuído. O acusado havia sido condenado e cumpria pena de 18 anos
determinada pela Justiça de Penápolis por estupro e atentado violento ao pudor.
O
corpo de Nivaldo foi encontrado após dois telefonemas do próprio acusado ao
Copom (Centro Operacional de despachos de viaturas) da Polícia Militar, no dia
posterior ao homicídio praticado, conforme apurado, por motivo fútil, com
golpes de pau desferidos na cabeça após discussão entre as partes. No primeiro
telefonema, usando o celular da vítima, ele comunicou que tinha encontrado um
corpo numa mata, mas a PM não achou. Ele teria ficado à distância aguardando.
Depois, utilizando-se do seu próprio telefone celular chegou a confessar ter
matado o jardineiro.
VERSÃO
Conforme
revelado pelo delegado que preside o inquérito, foi apurado que o autor estava
residindo com a vítima.
Na
versão dele, o jardineiro tinha cometido furtos, e os objetos tinham sido
guardados no quarto que o diarista dormia. Falou que a vítima vendeu alguns
produtos, mas teria comentado com comparsas de que ele (o autor) desapareceu
com alguns deles. Por isso acabou agredido pelos indivíduos, razão pela qual
deixou a casa do amigo e foi residir nos fundos da Crevisope.
Ainda
de acordo com o acusado, no dia 09 de setembro Nivaldo passou de moto pelo
local onde estava abrigado, e o ameaçou de morte. No dia seguinte, novamente
foi até ele, teria jogado a motocicleta em cima do autor. Foi quando o diarista
apoderou-se de um pedaço de pau de desferiu um primeiro golpe, derrubando ao
solo vítima. Como o jardineiro foi para cima dele, com intenção de luta
corporal, o autor acabou desferindo outros golpes que atingiram principalmente
a parte da cabeça, possivelmente sendo a causa da morte. Depois disso ele fugiu
e somente no dia seguinte fez os contatos com a polícia.
Com
todos os indícios, depoimentos já coletados e perícias realizadas, o delegado
Jovair Groppo vai concluir o inquérito de crime por homicídio qualificado,
requerendo a prisão preventiva do autor até que ocorra o seu julgamento. Ele
será enquadrado no artigo 121, parágrafo 2º, inciso 2 do Código Penal, cuja
pena é de 12 a 30 anos de prisão.
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