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Discordante do governo, secretário Thiago Mazucato deixa a Secom

Cidade

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Mais uma baixa no
governo interino de Penápolis. O secretário titular da Secom (Secretaria de
Comunicação) da Prefeitura, Thiago Mazucato, pediu exoneração do cargo nesta
terça-feira (14), por discordâncias pela forma como o município está sendo
administrado pelo grupo do prefeito Rubinho Bertolini (SD). Mas a “gota d’água”
teria sido o desmantelamento operacional da Secom e o rompimento de contratos
em vigor com veículos de comunicação e ameaças de novos cortes com outras
mídias. Cientista
político, sociólogo e escritor, a saída do secretário é em solidariedade à
imprensa, segundo ele “por não compactuar com o possível desmanche, tanto interno
quanto externo, seja da estrutura funcional da pasta, ou na relação comercial
com os veículos de comunicação da cidade”.

Em entrevista ao
INTERIOR, Mazucato falou que “a atual gestão não está convencida que é governo
interino, e se ao discordar como as formas são conduzidas me tornei
inconveniente para o prefeito, prefiro sair”.

Desde esta quarta
Mazucato não responde mais pela Secom e não foi divulgado ainda quem será seu
substituto. Esta foi a segunda baixa na equipe de governo de Bertolini em pouco
mais de 70 dias interinidade.

No dia 20 de
fevereiro, em menos de um mês após ter assumido a Secretaria de Obras e
Serviços, o engenheiro agrônomo Hélio Moreira da Silva Junior pediu sua
exoneração. Na ocasião Moreira alegou falta de estrutura e apoio para tocar a
complexa pasta.

No último dia 2
de março, o Chefe do Serviço de Iniciação ao Trabalho, que responde pelo IMP
(Instituto Municipal de Profissões), Fábio Ferreira, foi exonerado após
denúncia feita pelo vereador Mauro Olympio dos Anjos (SD), de suposto uso
irregular de veículo oficial num final de semana. Ferreira negou que estivesse
fazendo uso particular, mas que estava a serviço do IMP.


ROMPIMENTO

Mazucato foi
contra pressões internas quanto a rotina da Secom e à atitude unilateral de
rompimento dos contratos com as rádios, e mesmo da proposta da criação de um
Diário Oficial; o que ele defendia era um Diário Oficial Eletrônico para
ampliar o acesso da população às informações, sem romper com as formas
tradicionais de publicação via jornal.

Na sua opinião, o
governo passou a adotar um discurso populista de que gastar com a imprensa é
jogar dinheiro fora. “Como se isso fosse resolver todos os demais problemas da
falta de medicamentos, aquisição de ambulâncias, e outros. Gestão boa tem que
cuidar de todas as áreas, e o montante investido para dar publicidade aos atos
governamentais é pequeno frente ao orçamento municipal” - justificou.

Mazucato
finalizou dizendo que aceitou  participar
do governo interino em detrimento a outras propostas profissionais, numa
contribuição técnica à cidade, levando-se em consideração que ele é mestrado em
Ciências Políticas e concluinte de Doutorado em Projetos e Políticas Públicas.
“Acreditamos todos que seria possível contribuir com o governo e a cidade. Infelizmente,
o prefeito está perdendo a oportunidade de fazer uma gestão mais
participativa”.



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