Laudos não apresentam violência sexual no suposto estupro coletivo
Cidade
Da Redao 25/03/2017Laudos do Instituto Médico Legal (IML)
não apresentaram violência sexual no crime do suposto estupro coletivo, denunciado
por uma vendedora de 22 anos ocorrido em agosto do ano passado, num motel em
Penápolis. O caso ganhou repercussão nacional. Um vídeo que teria sido filmado por um
dos quatro rapazes que estiveram com a jovem no quarto do motel, passou por
análise, e segundo a perícia, nos momentos filmados houve o consentimento da
vítima em relação à prática sexual. O inquérito policial foi concluído pela Delegada
de Defesa da Mulher, Maria Salete Cavestré Tondatto, e encaminhado para a
Justiça.
De acordo com a delegada, um dos
acusados apresentou um vídeo com poucos minutos filmados no momentos da
relação. O vídeo mesmo passou por análise no Instituto de Criminalística (IC) e
o laudo apontou que as imagens indicam uma relação com o consentimento da
vítima, e que também não havia sido adulterado, revelando que durante o ato
filmado, ela tinha ciência do que estava ocorrendo.
Salete revelou também que a jovem, dias
depois do fato, mudou sua versão de que ela teria sido tirada à força do bar
onde estava com os acusados. Ela contou que saiu com os rapazes e que foi ao
motel com eles, onde passaram a ter relações sexuais. Entretanto, o estupro
teria ocorrido já no interior do motel, quando ela teria sido forçada por eles
a algumas práticas durante a relação.
Ela alegou que foi forçada a fazer
algumas coisas durante a relação e que por isso procurou a polícia
posteriormente com a denúncia. Mesmo ela tendo consentido em sair com os
homens, mas no momento do ato ter sido forçada a alguma coisa, o fato também
pode ser considerado um estupro, explicou a delegada.
DEFESA
Os quatro jovens acusados de praticarem
o estupro foram ouvidos pela polícia e alegaram que o ato sexual teria ocorrido
com o consentimento da jovem. O caso ocorreu na madrugada do dia 7 de agosto de
2016.
Eles revelaram que ficaram conversando
com a vendedora no bar onde estavam e que depois disso, e com o consentimento dela,
foram para uma praça do residencial Mais Parque. Na época, a própria amiga da
vítima, que estava com ela no bar, teria confirmado que a vendedora saiu do
local com os jovens por sua espontânea vontade.
Os quatro rapazes afirmaram que passaram
um tempo na praça e que a própria jovem sugeriu que eles fossem para o motel.
Eles disseram em depoimento que mantiveram relação sexual com a jovem, mas que
em nenhum momento forçaram nada, alegando que ela tinha conhecimento de tudo e
não se opôs.
Em depoimento na época eles também
disseram que apagariam as filmagens feitas pelo celular, mas que mantiveram as
imagens depois da acusação como forma de defesa.
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