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Mãe de Yasmin confirma abandono e que bebê nasceu como “anjinho”

Cidade

JARDIM DO LAGO 6 NOVO HORIZONTAL MEIO DA NOTÍCIA

Prestando
depoimento na delegacia de polícia de Guarapari (ES), onde reside, a mãe
biológica do bebê Yasmin, que foi abandonado em Penápolis no mês de setembro,
disse que “ela nasceu como um anjinho, e não deu trabalho nenhum”. A mulher de
38 anos, que teve a identidade preservada, foi ouvida por meio e Carta
Precatória, uma vez que nem ela e nem os familiares tem condições financeiras
de virem a Penápolis. Ainda conforme a polícia, a mãe faz acompanhamento
psicológico no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Espírito Santo e é
interditada pela família.Yasmin, nome
deixado num bilhete junto com a recém-nascida, foi encontrada na manhã do
último dia 11 de setembro em uma calçada, rente a um terreno no bairro
Pereirinha. O caso ganhou repercussão nacional. A criança está sob guarda
provisória de uma família integrante do cadastro nacional de adoção, por
determinação do juiz da Vara da Infância e Juventude local.De acordo com a
delegada da Delegacia de Defesa da Mulher de Penápolis, e responsável pela
investigação, Maria Salete Cavestré Tondatto, na oitiva a mãe da criança teria
revelado que não levou consigo embora para o Espírito Santo porque não tinha
portava documentos pessoais, nem seus, e tão pouco do bebê, ficando com medo de
ser presa pela polícia.

“Ela confirmou em
depoimento ter feito sozinha o parto e que deixou a criança dentro de uma
mochila, a abandonou próximo a um terreno, e ficou esperando de longe até que a
filha fosse encontrada.” Também foram revelados detalhes da noite do fato.

A mulher revelou
que fazia o pré-natal em sua cidade e que havia sido alertada por sua médica de
que o bebê nasceria até o dia 16 de setembro. “Entretanto, mesmo assim, ela
saiu de Guarapari pedindo carona e chegou em Penápolis no dia 10 daquele mesmo
mês, já sentindo dores”.

Conforme a
delegada, ela confirmou também que teria vindo para Penápolis procurar sua mãe,
sem contato havia alguns anos, mas que quando percebeu que estava entrando em
trabalho de parto foi até um terreno do bairro Pereirinha e acabou fazendo tudo
sozinha, sendo que Yasmin teria nascido por volta das 23h50 do dia 10 de
setembro.

Ela também
revelou detalhes da ação, afirmando que usava um vestido e que precisou
levantar a roupa para fazer o parto. “Ela disse ter tido cuidado de segurar a
criança para que ela não caísse ao chão, e que após cortar o cordão umbilical
na altura da placenta, a deixou limpinha, ficando com ela até o amanhecer do
dia. A mãe chegou a ressaltar em seu depoimento que ela nasceu como um anjinho,
que não deu trabalho nenhum”, revelou Salete.


Medo

A mãe de Yasmin
relatou que não procurou o hospital por estar sem documento e que, além disso,
tinha medo de ser presa por conta do ato.

Depois de ter
colocado a menina em uma mochila e a enrolado em uma blusa de frio, a mãe
deixou a cabeça da criança para fora da mochila para que o bebê não morresse
por asfixia. Ela permaneceu observando toda a movimentação até que a criança
fosse encontrada e resgatada. “Neste período, ela afirmou que pensou em voltar
e pegar o bebê, mas que teve medo de ser linchada, já que ela ouviu as pessoas
que estavam no local afirmarem que essa mulher deveria morrer, que isso não é
uma mãe, mas um monstro”, acrescentou a delegada.

Segundo o que foi
levantado, a mulher pegou uma infecção por conta do parto em local inadequado,
precisando ficar internada e passar por tratamento médico.

Segundo a
delegada, apesar do depoimento da mãe de Yasmin, ela ainda aguarda um material
que deverá lhe ser enviado nos próximos dias. Será solicitado também o exame
grafotécnico, que deverá avaliar se a letra da mulher é a mesma letra deixada
no bilhete encontrado com a menina no dia do fato. “Após estas etapas, faremos
a conclusão do inquérito, que será encaminhado à Vara da Infância e Juventude
Penápolis para que o juiz possa dar prosseguimento pela condenação ou não da
mulher por abandono de incapaz. Além disso, caberá a ele decidir se a Yasmin
retorna para sua família biológica, fica com a família provisória ou é colocada
à adoção. Tudo dependerá de sua decisão”, esclareceu.



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