Dia da Padroeira do Brasil é celebrado com carreata, procissão e missa em Penápolis
Cidade
Gilson Ramos 12/10/2018Santa de maior
devoção entre os brasileiros, Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil,
terá um dia de muitas festividades junto aos penapolenses nesta sexta-feira,
dia 12.
A parte da manhã
é reservada para a carreata que reúne milhares de pessoas em bicicletas, motos
e carros, visitando todas as igrejas da cidade, onde a imagem é recebida com
muita fé.
A saída do carro
andor será às 5h40 da igreja de Nossa Senhora Aparecida, que fica no bairro
Aparecida. O retorno para a igreja está previsto para às 12h30.
Enquanto a
carreata visita as comunidades, às 9h30 na igreja da santa padroeira será
celebrada Missa com as crianças de todas comunidades e Coroação de
N.S.Aparecida.
Quando a carreata
retornar para a igreja, será recebida em grande concentração na parte frontal
da capela, onde haverá uma bênção especial a todos que participaram do ato.
Logo após a imagem é introduzida na igreja para a reza do Santo Terço Mariano
com a Legião de Maria e todos os Grupos de Terço da cidade.
Para o horário de
almoço, a comunidade promove almoço a partir das 12h30 (levar pratos e
talheres) com venda de assados e bebidas; salada e arroz são grátis.
O ápice das
celebrações reúne perto de 5 mil pessoas, com a procissão e missa campal. O
cortejo com a imagem da santa sairá às 18h do Santuário São Francisco de
Assis, seguindo pela avenida Luís Osório
até a Igreja de Aparecida.
Já para o sábado
(13) está prevista a tradicional quermesse da comunidade, a partir das 19h30.
Haverá ainda frango assado em forno a lenha e bebidas em geral.
Desde o último
dia 9, a comunidade celebra o Tríduo preparatório da grande festa da Padroeira,
com missas temáticas celebradas todas as noites.
RELIGIOSIDADE
A data é
considerada feriado nacional e comemora a descoberta da imagem por três
pescadores no Rio Paraíba do Sul, na região de Guaratinguetá há mais de 300
anos.
Era outubro de
1717, três pescadores - João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia - ficaram
encarregados de conseguir peixe para a festa que a Vila de Santo Antônio de
Guarantinguetá iria oferecer ao governante da capitania hereditária de São
Paulo e Minas de Ouro, que estava de passagem pela região. O problema é que,
naquela época, não era tempo de peixe naquele mês.
Após várias tentativas
puxando a rede no Rio Paraíba do Sul, um pedaço do corpo de uma imagem de Nossa
Senhora Conceição apareceu para os pescadores. Curiosos, eles lançaram a rede
mais uma vez e pescaram a cabeça da imagem, que se encaixou perfeitamente ao
corpo.
Eles colocaram a
imagem da santa no barco. E depois disso,
os peixes começaram a aparecer, em quantidade abundante, tão grande que
quase fez o barco virar, segundo os relatos históricos da tradição católica.
A imagem da santa
foi então levada para a casa de Silvana da Rocha Alves, esposa de Domingos, mãe
de João e irmã de Felipe, que juntou as duas partes com cera e fez um altar
para a santa. E foi ali que teve início a devoção à santa: todos os sábados os
moradores iam até a casa de Silvana para rezar para Nossa Senhora - que depois
tornou-se padroeira do Brasil.
Anos depois, já
em 1732, o pescador Felipe Pedroso entregou a imagem a seu filho, que construiu
o primeiro oratório aberto ao público. A partir daí, foi construída uma capela,
uma igreja, uma basílica até que, em 1946, foi lançada a pedra fundamental para
a construção do novo santuário, o quarto maior do mundo, iniciada em 1955.
A imagem original
da santa sofreu um ataque no dia 16 de maio de 1978, quando foi quebrada em
mais de 200 pedaços (um jovem transtornado a teria arremessado ao chão). Ela
foi levada ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde a artista plástica Maria
Helena Chartuni começou o trabalho de reconstituição. Neste mesmo ano, a imagem
foi restaurada e levada de volta ao Santuário Nacional de Aparecida.
Em 2012, a imagem
foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,
Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). Até hoje, continua
exposta no nicho do Santuário Nacional de Aparecida.
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