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Homem é morto por segurança de usina em tentativa de furto de fios

Cidade

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Surpreendido por segurança e porteiro da
Usina Clealco em Penápolis, em suposta prática de furto de fios de cobre do
local, um homem acabou sendo morto por disparo de arma de fogo. A bala teria
atingido o indivíduo nas costas e saído pelo tórax, sendo fatal. O corpo foi
encontro em meio a um canavial na usina. O caso ocorreu na noite desta
quinta-feira (20), na Fazenda Campestre, em Penápolis, onde está instalado o
parque industrial da usina, porém desativado. Consta que haveria mais pessoas
envolvidas no furto, as quais conseguiram fugir, tendo deixado abandonado cerca
de 5 mil metros de fio de cobre pelo local. O vigilante que atirou seria um
policial que estava fazendo “bico” fora da sua jornada de trabalho. Ele não
estava mais na empresa quando o corpo foi encontrado.

De acordo com o boletim de ocorrência,
por volta das 20h50, uma equipe da Polícia Militar foi acionada a comparecer à
Usina Clealco de Penápolis para atender ocorrência de furto de fios de cobre na
empresa, estando o complexo desativado.

Em contato com o porteiro e com agentes
de segurança da empresa, os PMs foram informados que o porteiro visualizou
alguns indivíduos (provavelmente seis) no interior  da usina os quais provavelmente estariam
furtando fios.

Os policiais foram até o local onde
estavam os materiais, notando que se tratavam de fios de cobre enrolados em
grande quantidade. Os PMs fizeram uma busca nas proximidades, mas nada de anormal
foi constatado, orientando as partes a verificarem exatamente se algo havia
sido levado do local e posteriormente a registrarem ocorrência na Delegacia de
Polícia em Penápolis.

Os policiais deixaram o local por volta
das 21h10 e retornaram para o patrulhamento na cidade.


ENCONTRO

Por volta das 22h30 foram acionados
novamente para se deslocarem até o mesmo local, onde, segundo o solicitante,
havia sido localizado um indivíduo no meio do canavial, deitado, não se sabendo
se estava vivo ou morto.

Na usina, em novo contato com os funcionários
da empresa, os militares foram informados que encontraram o indivíduo no meio
do canavial, mas não chegaram perto porque ficaram com receio.

Foram levados até o local e constataram
que se tratava de um homem de estatura média, forte, vestindo calça jeans e
camiseta, notando que estava com manchas de sangue.

O Corpo de Bombeiros também solicitado
para o local, tendo verificado a situação constataram que o indivíduo estava
com rigidez cadavérica e em óbito. O local foi isolado e preservado até a
chegada da perícia criminal e do delgado plantonista.


FATAL

No local onde o corpo da vítima foi
encontrado, passou-se às análises de praxe. O corpo sem vida estava estirado no
chão entre as moitas de cana de açúcar, com aparente ferimento na parte das
costas, na altura da escápula esquerda, com aparência de orifício de entrada
provocado por projétil de arma de fogo.

Após a análise perinecroscópica e demais
exames periciais no corpo verificou-se um ferimento na altura do tórax, do lado
esquerdo, aparentando ser o orifício de saída do tiro. Não foram encontrados
outros sinais de violência numa análise preliminar, indicando que a vítima
tenha sido atingida por um disparo fatal transfixante.

Distante de alguns metros do local em
que o corpo estava foi localizada uma serra manual com arco, notadamente
utilizada para realizar o corte dos fios de cobre e que foi abandonada pelo
indivíduo.

Foram ouvidas as testemunhas, entre elas
o porteiro que estava junto com o segurança no momento do furto, as quais
prestaram suas declarações sobre o que sabiam.


DISPAROS

O porteiro relatou em detalhes o
ocorrido e acrescentou que as pessoas que trabalham como segurança são
policiais de folga, os quais se revezam durante o turno da noite.

Às 19h30 daquele dia, o policial que estava
na segurança, chegou e de imediato o informou sobre o ocorrido, ou seja, de
pessoas furtando a fiação da usina. Saíram para verificar e avistaram o
indivíduo dentro das dependências da empresa. O vigilante sacou sua arma de
fogo e efetuou dois disparos, na horizontal, e foi atrás dos indivíduos.

Depois disso, o porteiro retornou para a
portaria e acionou a Polícia Militar para informar sobre o furto. O vigilante
deixou o local e não mais retornou. Mais tarde ele veio a saber que havia uma
pessoa caída no meio do canavial. A testemunha ainda relatou que ouviu outros
disparos, mas não tem condições de apontar quantos nem quem os desferiu.

Os funcionários forneceram cópia do
contrato de prestação de serviços de portaria celebrado entre a usina que ficou
anexado ao procedimento de instauração de inquérito.

Foram apreendidos dois livros contendo
nomes, horários de serviço e as anotações de observações sobre ocorrências dos
porteiros e seguranças.

Até o término do registro do boletim de
ocorrência não tinha sido possível identificar o autor do disparo, e a pessoa
que teria atirado também não havia sido localizada.

O corpo passou por exame necroscópico no
IML de Araçatuba e depois liberado.



JOVEM PAN PENÁPOLIS

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