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1ª mulher vice-prefeita da história, Mirela Fink se diz preparada para função

Política

Em entrevista exclusiva ao INTERIOR, médica pretende “ser um marco na mudança da saúde na cidade”

Vice-prefeita Mirela Fink pretende desenvolver um trabalho em todas as áreas

Vice-prefeita Mirela Fink pretende desenvolver um trabalho em todas as áreas. Foto: Divulgação

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As eleições deste ano em Penápolis foram atípicas e trouxeram grandes alterações no Executivo e Legislativo. Além de haver a mudança do pleito para 15 de novembro, em virtude da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, a população elegeu, pela primeira vez, uma mulher à Prefeitura: a médica Mirela Fink Hassan Rufato, de 49 anos, ocupará o cargo de vice-prefeita, função exercida, até então, por homens.

Ela se declarou muito satisfeita com a campanha feita ao lado do prefeito eleito, Caíque Rossi (PSD), e diz que pretende desenvolver um trabalho em todas as áreas, mas que pretende ser um marco na mudança da saúde no município. Filiada ao Podemos, é casada com Almir Rufato, médico oncologista e mãe de três filhos: Rafael, Bruno e Daniel.

É médica pediatra formada na Universidade de Taubaté e fez residência médica em pediatria em Ribeirão Preto, onde começou a sua carreira. Retornou para Penápolis em 2001, assumindo a pediatria da Santa Casa de Penápolis. Fez concursos públicos em Avanhandava, Braúna e Promissão e foi convidada a trabalhar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal de Araçatuba, onde ainda atua como preceptora da residência médica de pediatria e também como plantonista.

Além de ser eleita vice-prefeita de Penápolis, realizou o sonho de inaugurar o Centro de Reprodução Humana que leva o nome de seu pai, Wahib Hassan. Confira a entrevista na íntegra:


Quais foram os motivos que a levaram a concorrer ao cargo de vice-prefeita?

Sou de uma família de médicos e tive a oportunidade de presenciar vários momentos da saúde pública de Penápolis. Eu diria que o principal motivo que me levou a concorrer ao cargo de vice-prefeita foi justamente a saúde. Vivenciei de perto o surgimento do SUS (Sistema Único de Saúde) e, por isso, aceitei o desafio da política, por acreditar que, sendo médica, tenho uma contribuição importante para a saúde da nossa cidade.


Como foi à aceitação dos familiares e amigos quando anunciou a candidatura?

Tenho uma relação de total confiança da minha família e sempre tive o apoio nas minhas decisões. Na candidatura a vice-prefeita teve algo a mais e foi um pouco diferente, pois eles me conhecem, sabem da minha determinação e que se eu entrasse, seria para vencer, porque a causa era muito nobre: ajudar na resolução dos problemas de saúde da nossa cidade.


Sempre pensou em se candidatar a algum cargo político?

Já fui convidada em outras eleições, mas somente agora me senti mais preparada por todas as minhas experiências de vida e profissionais. Notei que poderia, de fato, contribuir na política.


Quais dificuldades teve durante a campanha eleitoral?

Por ter muito contato com as pessoas, o que me foi proporcionado pela profissão de médica, não tive dificuldade durante a campanha, pois a minha vida sempre foi estar ao lado delas, ouvindo, conversando, dialogando, participando da vida de cada um. Na campanha, tive a oportunidade de estar mais próxima de muitas pessoas, onde recebi muitas mensagens de apoio e isto me incentivava ainda mais. Tive uma oportunidade de visitar todos os bairros de Penápolis, o que me deixava muitas vezes emocionada pelo carinho com que eu era recebida nas casas.


Você será a 1ª mulher vice-prefeita de Penápolis. Quais mudanças teve de fazer e como está sendo toda a preparação para ocupar este cargo?

Tenho muito orgulho de ser a primeira vice-prefeita de Penápolis e acredito que não será somente na Prefeitura que a participação das mulheres será maior. Na Câmara, por exemplo, temos atualmente apenas uma vereadora e, na próxima legislatura, serão três. Entendo que é importante a mulher assumir papéis importantes na sociedade e sentirei realizada se o meu caso servir de exemplo e motivação para que muitas outras se sintam preparadas para entrarem na política.


Durante seu mandato, além da Saúde, quais outros temas trabalhará?

Juntamente com o prefeito eleito, Caíque Rossi, trabalharemos de forma conjunta com todas as áreas da administração pública. Por tudo que ouvimos das pessoas durante a campanha, temos o compromisso de atuar muito fortemente na saúde, geração de empregos e educação, mas faço questão de reforçar que faremos uma gestão em que nenhuma área será colocada de lado.


Nesta eleição, três mulheres ocuparão o Legislativo penapolense. Mesmo assim, em sua análise, o que é preciso ser feito para haver maior representatividade feminina na política?

Ainda que a participação da mulher na política possa ser considerada abaixo do ideal, precisamos reconhecer que estamos numa situação de avanço. Teremos uma mulher no Executivo pela primeira vez na história e a representatividade da mulher no Legislativo triplicou. Precisamos ocupar cargos de poder, de liderança. As mulheres são guerreiras, muitas vezes possuem jornadas duplas, como trabalhadoras, mães de família e sabemos que a participação na política exige muita renúncia pessoal, mas nós podemos mostrar o melhor da política, um jeito mais humanizado e acolhedor de se pensar e fazer e isto pode ser um incentivo para que outras venham para a política.


O que a população pode esperar da Mirela Fink na Prefeitura e qual mensagem deixa para a população?

Eu pretendo ser um marco na mudança da saúde em Penápolis. Isso é um sonho que pode se tornar realidade. Não sonharei sozinha, pois tenho a convicção de que toda a população e também os profissionais participarão deste sonho. Esta é a grande marca que eu gostaria de deixar na Prefeitura.



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