Dérbi no Pacaembu opõe poderoso Corinthians e raçudo Palmeiras
Esportes
17/02/2013São muitas finais, alegrias e decepções para corintianos e palmeirenses ao longo de 96 anos de história do clássico. Mas o Dérbi das 16h de hoje no Pacaembu, pela oitava rodada do Campeonato Paulista, é ainda mais especial pela enorme diferença no momento dos clubes.
O Timão, mandante e com maioria da torcida, chega para esse jogo como franco favorito. Com a mesma base que levou o clube às conquistas da Libertadores e do Mundial de Clubes em 2012, a equipe de Tite tem jogadores no banco de reservas que poderiam ser titulares em várias agremiações brasileiras, como Alexandre Pato, Renato Augusto, Douglas e Romarinho.
No Parque São Jorge, não há hipocrisia. Fábio Santos aceita o favoritismo corintiano, mas rechaça que isso seja suficiente para vencer o confronto com o Palmeiras. Para o camisa 6 do Timão, o embate não será mais fácil pela maneira conturbada do maior rival, que tenta se reerguer depois de ser rebaixado e ainda monta o elenco com a temporada em andamento.
"O momento do Corinthians é melhor, não adianta esconder, mas já cansei de perder clássico quando era favorito e de ganhar quando ninguém dava nada. A motivação de um clássico é diferente de um jogo normal", lembrou.
"Vocês (jornalistas) conhecem o nosso treinador, ele pede o mesmo respeito contra o Chelsea e contra o Mogi. Sabemos o momento do nosso rival, mas por isso mesmo temos que tomar cuidado para não ser surpreendido", completou.
O Corinthians não jogou no meio de semana, ao contrário do seu rival que venceu na raça o Sporting Cristal (PER) na estreia na Libertadores nta quinta-feira - o primeiro jogo alvinegro acontecerá na próxima quarta-feira, contra o San Jose, na Bolívia. Mais um motivo para que o favoritismo alvinegro se faça presente no Dérbi.
"É uma vantagem, sim, mas não dá para dizer o tamanho. A adrenalina é grande para uma Libertadores, isso também desgasta o jogador. Isso nos deixa um pouco mais preparados para domingo, quem joga quinta e domingo tem essa desvantagem", analisou Fábio Santos.
Se o time do Corinthians é conhecido pelos seus torcedores, o palmeirense ainda não consegue decorar os 11 iniciais da sua equipe, já que o grupo ainda passa por reformulação.
Por causa disso, o técnico Gilson Kleina aposta na vontade apresentada no triunfo na Libertadores para tentar surpreender o rival.
"Claro que o momento do Corinthians é ímpar, com entrosamento mais longo e uma base mais forte. Já não tem jogo fácil, imagine dessa maneira. Temos que entrar com a mesma postura, não só marcar, mas precisaremos disso também. Se não competir, complica muito. Se continuar com essa atitude, podemos fazer um grande trabalho e ter um grande resultado", analisou o comandante.
"Temos de trabalhar o equilíbrio emocional. Não podemos entrar contra o Corinthians e achar que é uma guerra. Tem de ser competitivo. A guerra tem de ser vista com estratégia. Temos de ser competitivos, fortes. Temos de preparar a equipe sabendo que os pontos fortes do adversário são muitos. Ninguém chega a esse título (Mundial) por acaso", concluiu.
De um lado, Tite manterá a base que levantou a taça no Japão e só não terá Chicão, lesionado - Gil será o substituto. Kleina deve apostar também em boa parte dos seus 11 vitoriosos - no caso dele, dos que brilharam no meio de semana.
Pelo menos na tabela o Verdão está na frente. Com os mesmos 12 pontos do rival, o Palmeiras, quinto colocado, leva vantagem no critério de gols marcados (15 a 11). O Corinthians vem logo atrás, na sexta posição.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS X PALMEIRAS
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data/hora: 17/2/2013 - 16h (de Brasília)
Árbitro: Antonio Rogério Batista do Prado
Auxiliares: Anderson José de Moraes Coelho e Ricardo Pavanelli Lanutto
CORINTHIANS: Cássio, Alessandro, Gil, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Jorge Henrique, Danilo e Emerson; Guerrero. Técnico: Tite.
PALMEIRAS: Fernando Prass; Weldinho, Henrique, Maurício Ramos e Marcelo Oliveira; Vilson, Márcio Araújo, Wesley e Souza; Patrick Vieira e Vinícius. Técnico: Gilson Kleina.
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