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Felipão reduz ousadia em prol de "operação-estica" na seleção brasileira

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A entrada de Filipe Luís e Luiz Gustavo no rol de titulares da seleção brasileira à primeira vista obedece aos planos do treinador de fortalecer a marcação do time. No entanto, como já havia sugerido em forma de charada na véspera do amistoso com a Inglaterra, semana passada, o treinador também usou o lateral do Atlético de Madri e o meia do Bayern como parte de uma operação para "esticar" a média de altura brasileira. Uma providência motivada indiretamente por acontecimentos na Europa.Mais precisamente os confrontos entre Bayern de Munique e Barcelona pelas semifinais da Liga dos Campeões da Europa, vencidos pela equipe alemã com um placar agregado de 7-0. Diversas análises táticas do jogo fizeram mais do que celebrar as atuações de jogadores como Thomas Muller and Arjen Robben. O que se viu foi uma intensidade de marcação e pressão "turbinada" por uma diferença gritante de altura.
Com alguns jogadores longe de sua melhor forma, Messi incluído, o Barcelona  foi abafado por um Bayern cuja média de altura de seus jogadores chega perto de 1,85, pelo menos 9 cm a mais que Xavi e Iniesta. Se não parece de imediato algum tipo de embate entre anões e gigantes, essa diferença foi suficiente para atrapalhar o Barcelona defensivamente e limitar opções de ataque, além de desnivelar o combate no meio de campo.
Um desses jogadores subjugados foi Daniel Alves, de  1,73 m. Na seleção brasileira, ele é um dos baixinhos convocados por Scolari – Neymar e Marcelo, por exemplo, também medem menos de 1,80 m. O time que entrou em campo contra os ingleses tinha média de 1,81m para os jogadores de linha (com base nas medidas fornecidas pelos clubes), que encolheu quase 2 cm quando Filipe Luís (1,83 m) e Luiz Gustavo (1,87 m) deram lugar a Hernanes (1,80 m) e Marcelo (1,72 m) no intervalo. A entrada de Lucas (1,73 m) no lugar de Oscar (1,78 m), e a de Fernando também diminuiu a média, que ainda ficou em 1,79 m.
Mas foi com essas alterações que a seleção conseguiu marcar gols, embora tenha ao mesmo tempo ficado mais exposta aos ingleses.
No Rio, Scolari tinha dito que usaria de quatro a cinco jogadores com estatura de pelo menos 1,83m em seu time titular. Luís e Gustavo se juntaram-se a Thiago Silva (1,83m) e David Luiz (1,89m), embora alguns jornalistas tenham até especulado sobre uma possível improvisação do zagueiro do Chelsea como volante para que Dante e seus 1,88 m entrassem em campo.
Foi sob o comando de Luiz Felipe Scolari que a seleção teve seu time campeão mais alto, em 2002, com 1,82m de média (a equipe convocada para a Copa das Confederações tem média 1,80m). O mesmo patamar, porém que a equipe de Dunga no Mundial da África do Sul, vencido por uma Espanha que aparecia em apenas 17º lugar no ranking de altura das 32 seleções participantes. O próprio Barcelona, campeão europeu em 2009 e 2011, além de semifinalista em 2010 e 2012 é uma exceção "davidiana".
 Felipão, porém, não conta com Messi, Iniesta ou Xavi. Nem mesmo a versão cansada do trio.



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