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Ameaçado, Ney minimiza protesto da torcida e confia em apoio da diretoria

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Ney Franco manteve o discurso após a derrota para o Corinthians: não se sente pressionado pelos maus resultados. Apesar da admitir a pobreza do futebol do São Paulo nas últimas partidas, desde as eliminações no Campeonato Paulista e na Libertadores da América, o treinador acredita que a diretoria vai apoiar o seu trabalho até o fim."Em todos os momentos de turbulência, a diretoria me deu respaldo. O presidente (Juvenal Juvêncio), o Adalberto (Baptista, diretor de futebol). Nunca sentei com eles para que fosse colocada a mudança do treinador. Eles estão sempre dando apoio ao trabalho e é dessa forma que estamos vindo para os jogos", disse Ney Franco.
Nem mesmo as críticas da torcida tiram o treinador do sério. Ao final da partida no Morumbi, vários são-paulinos gritaram o nome de Muricy Ramalho, que está sem emprego desde que foi demitido pelo Santos e que tem um passado vencedor no São Paulo (foi jogador do clube nos anos 70 e treinador entre 2006 e 2009, quando conquistou o tricampeonato brasileiro). Para Ney, a manifestação reflete as más atuações, e não uma insatisfação com seu trabalho.
"Infelizmente os resultados não estão sendo bons. A paciência não é com o Ney, é com o treinador que está no posto. (O São Paulo) Tem de buscar títulos e jogar melhor. E não estamos jogando bem. O primeiro alvo é o treinador e é assim que encaro. Existe a vontade da torcida de apoiar, é so começar a jogar melhor. O estádio gritou meu nome pela substituição e no fim teve a manifestação. Todos os profissionais querem vencer. Infelizmente estamos jogando abaixo e a grande responsabilidade é do treinador", disse.
Apesar das negativas de Ney Franco, o fato é que o treinador está na corda bamba no Morumbi. Nos bastidores do clube, ele conta com o apoio apenas do diretor de futebol Adalberto Baptista. Muitos conselheiros pressionam o presidente Juvenal Juvêncio para que troque o comando técnico, na tentativa de fazer o São Paulo brigar pelo título brasileiro.
O resultado da Recopa Sul-Americana é que o que pode sacramentar ou adiar a saída do treinador são-paulino. Caso reverta a vantagem do Corinthians no dia 17 de julho (precisa de uma vitória por dois gols de diferença, ou um para levar aos pênaltis), Ney Franco ganha sobrevida para continuar no Morumbi. Caso contrário, a permanência se torna ainda mais difícil.



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