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Tite admite mudanças no Timão, mas ´sem ser professor Pardal´

Esportes

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O Corinthians não vence há cinco jogos, mas o esquema tático da equipe segue inalterado. Adotado pelo técnico Tite como preferido desde o início do ano, o desenho do Timão em campo no 4-2-3-1 pode ser alterado na sequência do Campeonato Brasileiro. Após a derrota por 2 a 0 para a Ponte Preta, o treinador admitiu que poderá armar seus jogadores de outra forma, em busca de melhor desempenho na competição nacional. E o próximo jogo é uma pedreira: contra o líder Cruzeiro, domingo, no Pacaembu.
O ataque vem sendo o maior problema do Timão no ano. Mesmo na conquista do Campeonato Paulista, no primeiro semestre, a equipe de Tite ficou conhecida por se defender muito bem, mas marcar poucos gols. No Brasileirão, a escassez se tornou um problema. Com apenas 20 gols em 22 partidas disputadas, o Corinthians tem um setor ofensivo que só não é pior que o do lanterna Náutico."Temos de ter, primeiro, persistência. Às vezes você encontra a solução persistindo. Mas vou procurar nomes, retornar com alguns, projetar outra forma de atuar, usar um sistema remodelado... Buscar alguma forma criativa, mas sem ser “professor Pardal”", afirmou.
A goleada por 4 a 0 sobre o Flamengo, no dia 1º de setembro, animou o técnico Tite em relação à formação utilizada. Com Douglas na armação, Romarinho e Pato abertos pelas pontas e Paolo Guerrero como referência dentro da área, o treinador parecia ter encontrado um esquema ideal para o ataque.
As partidas seguintes frustraram os planos do treinador, de dar uma sequência ao time, em busca de entrosamento. Pato e Guerrero foram convocados pelas seleções de Brasil e Peru, respectivamente, e deixaram o setor ofensivo alvinegro em apuros. Em três jogos sem a dupla (Pato entrou por alguns minutos contra o Botafogo), nada de gols. Derrotas para Internacional e Botafogo e empate sem gols com o Náutico.
O retorno de ambos era visto como esperança de gols por Tite. Diante do Goiás, o técnico teve a oportunidade de reeditar a formação ofensiva utilizada contra o Flamengo. Mas o resultado não veio novamente, e a torcida perdeu a paciência, encerrando a “lua de mel” com a equipe. O técnico assegura que ver seu esquema não funcionar, à beira do campo, é tão frustrante quanto da arquibancada.
"É ruim, é desgastante. Eu me sinto tal qual o torcedor. Todos temos de ter esse sentimento e esse respeito. Se eu ficar falando, vou repetir padrões e situações que, muitas vezes, não tem explicações", desabafou.
Tite não poderá contar com Paolo Guerrero, suspenso, no próximo domingo. Se não houver alterações táticas imediatas, a tendência é que ele utilize Emerson Sheik como homem de referência na área. O 4-4-2, que obteve sucesso na primeira fase da Libertadores deste ano, também é visto com bons olhos pelo técnico.



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