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Presidente do Timão se irrita com Pato e promete intensificar cobrança

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A trajetória de Alexandre Pato com a camisa do Corinthians teve seu pior momento na noite de quarta-feira. Escolhido para fazer a última cobrança na disputa por pênaltis contra o Grêmio, após empate sem gols no tempo normal, o atacante praticamente recuou a bola para Dida, com uma “cavadinha” frustrada, e selou a eliminação do Timão na Copa do Brasil.

Um lance que, sem dúvida, arranhou ainda mais a nada amistosa relação do jogador com a torcida alvinegra, que já o questionou diversas vezes nesta temporada. A paciência da diretoria acabou. E até jogadores como Fábio Santos deixaram claro o inconformismo com a maneira como Pato desperdiçou seu pênalti.

"É evidente que o Pato bateu mal, mas a culpa não é só dele. Sabemos que ele pode dar mais. E de quem pode dar mais, a gente tem de cobrar", disse o presidente do Corinthians, Mário Gobbi.

Comprado do Milan, da Itália, por R$ 40 milhões em janeiro, Alexandre Pato nunca convenceu a Fiel com seu estilo de jogo. Pouco combativo, o atleta ouviu conselhos de todos, inclusive de Tite, para ser mais vibrante em campo - o técnico chegou a liberar o atacante para "dar mais carrinhos" e até tomar mais cartões amarelos, em prol da ajuda na marcação.
Apesar da boa estreia, com gol na vitória por 5 a 0 sobre o Oeste de Itápolis, pelo Paulistão, o atacante sempre viveu de momentos pontuais no Corinthians.

A última vez em que ele animou os alvinegros foi no dia 1º de setembro, na goleada por 4 a 0 sobre o Flamengo. No dia do aniversário do Corinthians, Pato foi o astro da festa: marcou dois gols e saiu aplaudido, em um Pacaembu lotado. Em Porto Alegre, viveu o oposto: contra o Grêmio, arquirrival do Inter, onde foi revelado, o atacante parou nas mãos de Dida e ainda ouviu um “cala a boca” do zagueiro Bressan.

Quando o Timão foi goleado pela Portuguesa, no Campeonato Brasileiro, torcedores pediram a saída de Pato em pichações no Parque São Jorge. Ao lado de Emerson Sheik, cuja relação com a torcida nunca mais foi a mesma após o polêmico “selinho” em um amigo, o jogador tornou-se símbolo da crise da equipe comandada por Tite no segundo semestre. As vaias aumentaram gradativamente, mesmo sendo vice-artilheiro do Corinthians na temporada, com 16 gols marcados.

Até então, a postura da diretoria sempre se manteve inalterada. Em meio às cobranças e xingamentos da torcida pelo alto investimento no jogador – contratação mais cara da história do futebol brasileiro –, o presidente Mário Gobbi e os diretores Roberto de Andrade e Duílio Monteiro Alves reforçavam a confiança no atleta. A derrota para o Grêmio fez ao menos o mandatário repensar sua opinião. Para Gobbi, por ser um dos astros da equipe, é evidente que Pato sofrerá um nível maior de cobrança.



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