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Feliz pelo reconhecimento, Narciso enaltece elenco do Penapolense

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Depois avançar à semifinal do Paulistão Chevrolet 2014 pela primeira vez na história, o Penapolense perdeu para o Santos neste domingo, 30, na Vila Belmiro. Com passagens como jogador e treinador do time sub-20 do Santos, o técnico Narciso exaltou a força de vontade do Penapolense, que ficou com o título do Troféu do Interior.Segundo o comandante, o erro do Penapolense foi ter recuado muito depois do intervalo. “A partir do momento que enfrentamos o Santos de igual para igual conseguimos jogar e fizemos um placar que nos favorecia. Perdemos quando deixamos o Santos vir para cima. O Oswaldo foi muito feliz nas suas alterações, tanto com o Rildo quanto com o Stéfano Yuri. Vir aqui dentro e conseguir virar, dá para ver que nossa equipe sabe o que quer. No segundo tempo, havia pedido para continuarmos atacando, até para mostrar ao rival que o Penapolense estava vivo. Contudo, praticamente não demos um chute no gol e aceitamos ver o Santos jogar”, lamentou.
O treinador parabenizou o elenco pelo desempenho na temporada. “Erramos e pagamos pelos nossos erros. Por outro lado, conseguimos nossos objetivos. O primeiro que era não cair, segundo que era classificar, o terceiro que era ganhar nas quartas de final do São Paulo no Morumbi e o quarto, a vaga na Série D. Os atletas estão de parabéns pelo fato inédito de chegar na semifinal e atuar de igual para igual aqui. Temos que bater palma, o que eles fizeram jamais se apagará”, destacou.
Narciso já treinou o elenco sub-20 do Santos, depois de ser jogador profissional pela equipe. Além dos 17 anos na agremiação, o técnico ajudou a revelar alguns talentos, como o atacante Geuvânio, que segue no time praiano. “O sentimento é muito bom, por ver o reconhecimento por tudo aquilo que você fez. Muito legal ver a retribuição do torcedor pelo passado que tenho aqui e ninguém irá apagar. Estou muito feliz por isso”, declarou ele se referindo aos aplausos dos torcedores santistas.
A competitividade do Penapolense ainda foi elogiada pelo comandante. “No dia a dia, os atletas tem muita fome de vencer e isso dá mais prazer para trabalhar. Quando chegamos, fizemos uma equipe para ser forte. Durante todo torneio, esse time teve muita competitividade”, concluiu.
JOGO
Campo molhado e defesa adversária bem postada. O Santos não teve vida fácil nos primeiros minutos do duelo com o Penapolense na Vila Belmiro. Mas, com Geuvânio e Thiago Ribeiro puxando a marcação nas pontas, Arouca e Cícero surgiam como opções ofensivas.
E foi exatamente dos pés da dupla que o Santos abriu o placar aos 21 minutos. Após uma tabela sem sucesso com Leandro Damião, Arouca tocou curto para Cícero, que chutou forte de fora da área. A bola desviou na zaga, enganou o goleiro Samuel e morreu no fundo da rede.
Apesar do gol, o Santos não conseguiu controlar a partida. Errava ao atacar e, para piorar, dava espaço para o Penapolense avançar. Aos 26 minutos, David Braz puxou o atacante adversário dentro da área e o árbitro Marcelo Rogério assinalou pênalti. Guaru cobrou e empatou o jogo.
Com o placar igualado, o Penapolense, que não marcava um gol há cinco jogos, se atirou ainda mais ao ataque. O Santos também atacava, mas de forma tímida. No embalo do primeiro gol, o time de Penápolis encontrou a virada em outra infelicidade de David Braz - desta vez com "ajuda" de Aranha. A dupla santista bateu cabeça no contra-ataque adversário e deixou a bola livre para Douglas Tanque carregá-la até o gol.
ESTRELA
Atrás no placar, o Peixe começou o segundo tempo levando perigo para o goleiro Samuel. Nos primeiros cinco minutos, Cicinho, com um chute cruzado de fora da área, e Cícero, em cobrança de falta, por pouco não balançaram a rede.
A insistência ofensiva surtiu efeito aos 15 minutos. Mas com influência direta de Rildo, que havia entrado segundos antes no lugar do apagado Gabriel. O camisa 16 pedalou para cima de Rodrigo Biro, entrou na área e cruzou com precisão para Leandro Damião, de cabeça, deixar o duelo igual outra vez: 2 a 2.
Se não bastasse o equilíbrio técnico e tático durante o segundo tempo, a chuva proporcionou um duelo mais "pegado". Leandro Damião quase colocou fogo na Vila Belmiro em duas oportunidades. Aos 31, o atacante acertou uma forte cabeçada dentro de pequena área, mas o goleiro Samuel fez bela defesa. Dois minutos depois, o camisa 9, sozinho na área, errou a bola, "chutou o ar" e perdeu uma chance incrível de recolocar o Santos na frente do placar.
Aos 38 minutos, o grito de gol do Santos foi ecoado na Vila Belmiro. Só que a emoção santista durou pouquíssimos segundos. O gol de cabeça de David Braz (impedido) foi anulado pela arbitragem. Mas a estrela de Oswaldo de Oliveira voltou a brilhar minutos depois. Aos 42 minutos, Stéfano Yuri, que havia entrado no lugar de Leandro Damião dois minutos antes, mudou o cenário da partida. Acionado por Thiago Ribeiro, o jovem atacante, 19 anos, invadiu a aréa e, num chute certeiro, fez o gol da vitória santista.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 3 X 2 PENAPOLENSE
 
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 30 de março de 2014, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Ãrbitro: Marcelo Rogério (SP)
Assistentes: Rogério Pablo Zanardo e Miguel Caetano Ribeiro da Costa (ambos de SP)
Assistentes adicionais: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral e Vinícius Gonçalves Dias Araújo (ambos de SP)
 
SANTOS: Aranha, Cicinho, Neto, David Braz e Mena; Arouca, Cícero e Geuvânio (Alison); Gabriel (Rildo), Thiago Ribeiro e Leandro Damião (Stéfano Yuri). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
 
PENAPOLENSE: Samuel; Rodnei, Jailton, Gualberto e Rodrigo Biro; Liel (Lukas), Washington, Petros (Rafael Ratão) e Guaru; Douglas Tanque e Alexandro Créu (Neto). Técnico: Narciso.
  ´Torci contra para sair vivo´, diz cartola penapolense sobre invasão de cabine
Apesar da grande campanha no Paulistão e de ficar muito próximo de chegar à final – o Penapolense tomou a virada no fim do jogo e perdeu a semifinal para o Santos por 3 a 2 –, a diretoria da equipe de Penápolis demonstrou revolta com o comportamento de algumas pessoas que invadiram o camarote que abrigava diretores do clube do interior.
Segundo o presidente do CAP, Nilso Moreira, no momento em que seu time fez seu segundo gol e virou o o jogo para 2 a 1 no primeiro tempo, o local foi invadido por pessoas que não gostaram da comemoração barulhenta que os penapolenses fizeram.
“Naquele momento, cheguei a torcer para o meu time perder para sairmos vivos do estádio. Eu e meus colegas da diretoria, além de alguns parentes, ficamos acuados, e a diretoria (do Santos) não tomou qualquer providência para garantir a nossa segurança. O presidente do Santos nos deve uma explicação. Para evitar uma agressão, tive que ligar até para o Coronel Marinho (dirigente de arbitragem da Federação Paulista)”, desabafou Moreira, que destacou que algo pior só não aconteceu porque funcionários da FPF intervieram.
Revoltado, Nilso Moreira afirmou que o Santos teria a obrigação de garantir a segurança dos integrantes das equipes que vão jogar na Vila.
IMAGENS
Odílio Rodrigues, presidente em exercício do Santos, chamou de "bandidos" e "marginais" os torcedores santistas que tentaram invadir o camarote da diretoria do Penapolense durante a semifinal do Paulistão na Vila Belmiro no último domingo à tarde.
“Assim que soube disso (invasão), liguei para o Nilso (Moreira, presidente do Penapolense) para pegar detalhes do que havia acontecido. É um absurdo o que aconteceu no camarote do Penapolense. O Santos não compactua com a violência, não compactua com esses torcedores que, na verdade, são marginais, são bandidos. A gente quer eliminar este tipo de gente do futebol”,  declarou o dirigente do peixe, após participar do Conselho Técnico do Paulistão.
Além de prestar solidariedade aos cartolas do time de Penápolis e criticar os agressores, a diretoria do Peixe já colocou à disposição da polícia as imagens das câmeras de segurança do camarote.
“Queremos identificar as pessoas que invadiram o camarote. As autoridades vão ter acesso ao nosso sistema de segurança. Volto a dizer: isso é um absurdo”, complementou.



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