Após salário, Santos admite ´bicho´ atrasado e falta de verba por reforços
Esportes
18/04/2014 O Santos pagou os direitos de imagem que estavam atrasados do elenco santista, mas a crise financeira é evidente no clube. Além de iniciar o ano no "vermelho" e precisar de parceiros para contratar Leandro Damião e Lucas Lima, ambos que pertenciam ao Internacional, a cúpula santista admite que a falta de verba atrapalha quando o assunto é reforçar o elenco para a disputa do Campeonato Brasileiro.
Além disso, o gerente de futebol do Santos, Zinho, também revelou que o clube deve premiações, o famoso "bicho", de três jogos do Campeonato Paulista Palmeiras, Ponte Preta e Penapolense para a comissão técnica e funcionários do clube.
"Já foi pago tudo (direitos de imagem dos atletas), dia 10 pagou do mês anterior e dia 11 a outra. Está tudo em dia. Para não dizer que está tudo em dia, falta pagar o bicho do Palmeiras, Ponte Preta e Penapolense, para a comissão técnica e funcionários. O resto está em dia", afirmou Zinho.
O gerente de futebol disse que já indicou alguns reforços para o Comitê Gestor, mas reconhece que os nomes devem esbarrar na situação financeira.
"No momento, pela parte financeira, fica difícil. Já indicamos dois ou três jogadores, isso vai para o nosso Comitê Gestor, mas acho que o que vai esbarrar é a situação financeira", disse o dirigente.
O Santos disputou a final estadual com o pagamento dos direitos de imagem dos atletas atrasados. O mês de fevereiro, que vence em março, só foi pago na última quinta-feira após o clube receber o adiantamento das cotas de televisão de 2015.
Zinho, responsável por intermediar as negociações entre diretoria e jogadores, admite que o grupo de atletas cobrava o atrasado dos direitos de imagem, mas ressalta que não houve rebeldia e que o título paulista não foi perdido por causa da dívida.
"Eu fui atleta, então os mais experientes, chegam no dia 10 e não entrou à imagem, eles me perguntam. Mas ninguém com desrespeito, rebeldia, até porque temos amizade, alguns eu até joguei. Então chegava: ´Zinho vai sair hoje, tem previsão?´ Não houve reunião, rebeldia, não perdemos o campeonato por conta disso, não jogamos bem nos dois últimos jogos, o salário ficou atrasado alguns dias. Quando chega próximo tenho contato com a tesouraria, financeiro, eles me dão a situação, passo aos atletas.
Um comenta com empresário, irmão, vaza, mas não houve rebeldia e não perdeu o campeonato por isso", explicou.
Zinho, que foi jogador e é respeitado pelo elenco santista, amenizou a situação ao explicar aos atletas o que tem observado na administração de um clube fora de campo. Como dirigente, o ex-ponta esquerda de Flamengo, Palmeiras e seleção brasileira, fez questão de listar os gastos do clube aos jogadores.
"O Santos é um clube que com todas as dificuldades do futebol, o clube não se resume só a jogadores, gastamos muito para uma concentração, é ônibus, hotel, concentração. Até o juiz apitar tem muitas coisas, é caro. Então passei isso aos atletas, cobro da direção, pois sou o elo deles para o Conselho Gestor, para não haver desgaste, estou aqui para isso, absorver uma pequena insatisfação, que não houve", disse.
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