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Brasil vence o nervosismo e bate a Croácia na estreia da Copa

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A exemplo do que ocorreu na estreia do Brasil na Copa do Mundo de 2002, um pênalti mal marcado por um árbitro asiático, e convertido - dessa vez por Neymar - foi fundamental para o time vencer, por 3 a 1, agora contra a Croácia, e de virada, e na Arena Corinthians, em São Paulo. Há 12 anos, os protagonistas foram o sul-coreano Kim Young, o atacante Luizão - que sofreu a falta fora da área - e Rivaldo, que acertou a cobrança. Um chute surpreendente de Oscar, no finzinho, selou a sorte do adversário.Mas a Seleção, na realidade, fez uma partida discreta, abusando das bolas aéreas, na ausência de criatividade, e falhou em repetidas ocasiões atrás, oferecendo oportunidades à equipe europeia.
O Brasil começou o jogo de ontem sem saber como superar o esquema defensivo da Croácia, e com o adversário executando com perfeição os contra-ataques, deixando a zaga quase sempre atrapalhada. Daí o gol de Marcelo, contra, logo aos dez minutos. Mas a equipe quadriculada recuou excessivamente, permitindo que a Seleção tivesse a posse da bola, e encontrasse até, por isso, espaços na área.Apesar disso, as melhores oportunidades surgiram de fato com chutes longos: o primeiro de Oscar, para bela defesa de Pletikosa, e o segundo de Neymar, que entrou no cantinho esquerdo, graças também à falha do goleiro. Daí em diante, o Brasil avançou a marcação, e passou a ter efetivamente o controle da partida, dado que os croatas já não ousavam sair da toca. Na realidade, e essa era a expectativa para a etapa final - se teimassem em jogar apenas na retaguarda, como time pequeno, acabariam perdendo.
No entanto, mudaram ligeiramente a postura, ora tentando tocar trocar passes, ora tentando surpreender com saídas em velocidade. A prioridade, porém, era gastar o tempo, considerando, assim, que o empatezinho era um ótimo resultado, principalmente depois dos 15 minutos. Luiz Felipe Scolari substituiu Paulinho e Hulk por, respectivamente, Hernanes e Bernard, mas a principal dificuldade do time - penetrar na área adversária - seguia aparente.
Aos 24, Fred disputou uma bola com Lovren, e o árbitro japonês Yuchi Nishimura assinalou pênalti equivocadamente, alegando que o zagueiro havia puxado o atacante. Os croatas, é claro, reclamaram muito, e com razão, mas sem efeito. Neymar cobrou à direita. Pletikosa acertou o canto e ainda tocou na bola, mas essa entrou: 2 a 1.
A Croácia também fez mudanças. E ainda buscou o empate. Aos 38, o árbitro deu falta de Olic em Júlio César em um lance que acabou em gol. Dessa vez, porém, a marcação foi correta. Aos 45, Oscar, com um chute certeiro de fora da área, fez 3 a 1. Seria um exagero afirmar que a vitória foi injusta, mas não convenceu. Quem sabe o time pode melhorar para a próxima.



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