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Empate e saída de Hulk levantam dúvida sobre a herança das Confederações

Esportes

JOVEM PAN PENÁPOLIS

Além de derrubar o aproveitamento de 100% que Luiz Felipe Scolari tem em competições da Fifa pela seleção brasileira, o empate contra o México abre dúvidas sobre algo imutável há mais de um ano: o time titular do Brasil. Mesmo quando não escalava a equipe, o que ocorreu, por exemplo, nos testes que fez nos amistosos preparatórios para a Copa do Mundo, o técnico tinha certeza que os 11 que começaram a final da Copa das Confederações contra a Espanha, em 2013, jogariam a Copa do Mundo.Depois do empate contra o México, quando alterou a equipe com a troca de Hulk por Ramires, que por sua vez foi substituído por Bernard, Felipão deixou em aberto se mudará mais nomes na formação titular. Na próxima segunda-feira, o Brasil enfrentará a seleção de Camarões, em Brasília, precisando vencer para garantir o primeiro lugar no grupo A.  
O caso do atacante, que foi para a reserva, representa a única mudança na equipe que ganhou a Copa das Confederações. Nos oito amistosos que o time disputou entre a vitória no torneio e a convocação para a Copa, Felipão nunca repetiu a equipe que venceu o título no Maracanã. O motivo da alteração, porém, não ficou claro. Hulk disse que queria jogar, o médico da CBF afirmou que ele não tem nada, mas o técnico deu a entender que queixas de dores tiraram o atacante do jogo.
"Ele tinha condições de jogar. Fiz uma opção. Se ele se sentir melhor, principalmente mentalmente, aquela mínima dor que existe é normal para qualquer jogador. Porque os exames não demonstrar absolutamente nada. Ele tem chance de voltar", disse Scolari.
"Todo mundo sabe que eu quero sempre jogar. Mas o que posso fazer? Só respeitar a decisão do treinador. Estou bem, tranquilo e não estou lesionado", afirmou o atacante.
Felipão não garantiu a volta de Hulk ao time titular. Tampouco definiu quem será o substituto caso o atacante siga no banco. Ramires começou jogando, mas saiu no intervalo. Bernard entrou, porém não convenceu e Willian, que era a bola da vez há uma semana também pode entrar na briga pela vaga. 
Lado direito
Titular absoluto antes mesmo de Scolari assumir a seleção, Daniel Alves vive uma fase de contestação por dar espaços na defesa. Ao mesmo tempo, pesa a seu favor o fato dele ser um dos jogadores mais efetivos quando vai ao campo rival. Segundo as estatísticas oficiais da Fifa, é o jogador que mais deu passes até agora na Copa. Fora 158, sendo que 75% deles corretos.
Pesa contra ele, porém, o fato de que nas suas costas surgem lances de contra-ataque. Foi assim, por exemplo, que nasceu a jogada do único gol que a seleção brasileira sofreu no Mundial. Na última terça-feira, Alves irritou Scolari num lance em que perdeu uma bola na linha do meio campo e originou um ataque dos mexicanos.
O lateral direito do Barcelona passou mais de dois anos sem "sombra" na seleção brasileira. Desde 2013, após a Copa das Confederações, Maicon, titular na era Dunga, voltou a ser convocado.
Por enquanto, o técnico ainda não abriu a disputa, nem deu indicações de que Maicon pode ganhar a vaga. O que é certo é que Daniel já sabe que tem um reserva à altura, pronto para assumir o seu lugar.   
Zaga
A zaga é o setor do time de Luiz Felipe Scolari que não corre o menor risco de sofrer mudanças hoje. David Luiz e Thiago Silva têm a total confiança do técnico e foram elogiados após os dois jogos da Copa do Mundo. Segundo a Fifa, a defesa brasileira tem média de 72% desarmes corretos, um número bem acima da média. A defesa do México, por exemplo, tem 64% de média.
Na última terça-feira, Felipão ressaltou que a área do Brasil quase não foi invadida pelos mexicanos durante o empate de 0 a 0. "Todos os chutes deles ao nosso gol foram de fora da área", lembrou o técnico.
Os dois figuram na lista de capitães de Scolari. Thiago Silva leva a braçadeira e David é o seu primeiro substituto.



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