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Alemanha vence Argentina na final e conquista seu quarto título mundial

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A Alemanha nunca foi tão Brasil. Nenhuma seleção curtiu tanto uma Copa. Esqueça o esteriótipo da frieza. Eles nunca foram assim por aqui. Encantaram. Dentro e fora do campo. Com simpatia em Santa Cruz Cabrália, na Bahia, no Rio de Janeiro e por onde passaram. Uma geração formada em 2006, em uma Copa disputada em casa. E que viria a colher seu merecido fruto oito anos depois. Porque não, também em casa? Foi assim que eles se sentiram no Maracanã. O apoio dos brasileiros veio pela rivalidade com a Argentina. Mas também como forma de agradecimento. Tão sincero que, mesmo após uma goleada dada por eles na Seleção Brasileira, sequer foi colocada na balança. Uma geração formada para vencer.
Neste domingo, por 1 a 0, sofrido, gol de Mario Götze, aos 7 minutos do segundo tempo da prorrogação. Uma bola alçada na área por Schürrle, uma matada no peito, um voleio, sem deixar a bola cair. Um golaço de campeão. O 18 da Alemanha, o melhor ataque da Copa. De uma geração feita para vencer. A primeira seleção europeia a conquistar um Mundial nas Américas. Como o Brasil, havia feito, sendo o primeiro sul-americano a vencer na Europa, em 1958. A Alemanha nunca foi tão Brasil.
Aos argentinos, ainda bicampeões, a fila vai aumentar para 32 anos. A próxima chance será na Rússia, em 2018, quando dificilmente os hermanos desejarão cruzar com os alemães novamente. Já foram cinco derrotas em jogos decisivos, duas derrotas em finais de Copa do Mundo e mais três encontros nadas agradáveis desde 2006.
O gol de Götze, além de ser decisivo, fez com que a Copa de 2014 igualasse um recorde: o de maior número de gols marcados em uma só edição. A rede balançou pela 171ª vez no Mundial do Brasil, e o número alcançado é o mesmo que foi atingido em 1998, na França. Média que chega a aproximadamente 2,67 por partida.
A edição que deu o primeiro e único título aos franceses detinha o maior número absoluto de gols, mas a maior média segue sendo a da Copa de 1954, na Suíça, no ano da primeira conquista alemã. Na ocasião, foram 140 gols em 26 jogos, média de 5,38.
O gol da final de 2014 foi o de número 2.379 na história das Copas, e ainda ampliou a vantagem da Alemanha como melhor ataque da competição. A seleção de Joachim Low, que marcou sete vezes na semifinal contra o Brasil, chegou ao seu 18º marcado. Depois de 2006 e 2010, quando foi 3ª colocada, o país atinge o posto de ataque mais positivo pela terceira vez consecutiva, a quarta na história.



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