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4 doses de vacina vencida teriam sido aplicadas em Penápolis, mostra levantamento

Saúde

Cerca de 26 mil doses fora da validade foram aplicadas em 1.532 municípios

Reportagem da Folha mostra que foram aplicadas 26 mil doses fora da validade

Reportagem da Folha mostra que foram aplicadas 26 mil doses fora da validade. Foto: Marco Bertorello/AFP

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Matéria publicada nesta sexta-feira (2) pela Folha de SP mostra que pelo menos 26 mil doses vencidas da vacina AstraZeneca contra a Covid-19, o novo coronavírus, foram aplicadas em diversos postos de saúde de 1.532 municípios do país. Os dados, segundo a reportagem, constam em registros oficiais do Ministério da Saúde.

Penápolis está entre as que receberam doses fora da validade. A cidade está na 567ª posição no ranking. Conforme o levantamento, foram quatro unidades, sendo que duas aplicadas na Macro 2 de Saúde, com a numeração 4120Z001, com vencimento em 29 de março. As outras foram usadas na unidade 3, do bairro Santa Terezinha, cuja numerações são 4120Z001, também com validade em 29 de março e 4120Z004, com expiração em 13 de abril.

Em nota enviada pela assessoria de imprensa da Prefeitura, a Vigilância Epidemiológica esclareceu que localizou os dois munícipes que receberam as doses do lote 4120Z001 e verificou que trata-se de um erro no sistema de informação VaciVida. “Os moradores receberam nos dias 2 e 5 de março, portanto, dentro do período adequado para a aplicação. A informação será devidamente retificada no banco de dados”, destacou.

Com relação as de numeração 4120Z004, com vencimento em 13 de abril, o órgão informou que as doses foram aplicadas antes do prazo de validade, sendo a última em 29 de março. “A Vigilância Epidemiológica reitera que realiza um controle rígido de todos os lotes e suas validades, não existindo qualquer risco para a população penapolense”, ressaltou.


REGIÃO

Ainda no levantamento, outras cidades da região também foram afetadas. Araçatuba está em 40º, com 81 doses; Birigui aparece em 1.323º, com apenas uma e Andradina foram três unidades, ficando na 653ª colocação. Todos os imunizantes expirados integram oito lotes importados ou adquiridos por consórcio. Um deles passou da validade em 29 de março. O que venceu há menos tempo estava válido até 4 de junho.

Até o último dia 19, os imunizantes com o prazo de validade expirado haviam sido utilizados. A campeã no uso é Maringá. A cidade paranaense vacinou 3.536 pessoas com o produto da AstraZeneca fora da validade - primeira dose em todos os casos. Depois aparecem Belém (PA), com 2.673; São Paulo (SP), com 996; Nilópolis (RJ), com 852, e Salvador (BA), com 824. As demais aplicaram menos de 700 vacinas vencidas, sendo que a maioria não passou de dez doses.

Além disso, outras 114 mil unidades, que foram distribuídas a Estados e municípios dentro do prazo de validade já expiraram. Não está claro se foram descartadas ou se continuam sendo aplicadas. A AstraZeneca é a vacina mais usada no Brasil. Ela responde por 57% das doses aplicadas neste ano. A imensa maioria foi utilizada conforme as orientações do fabricante. O lote pode ser conferido na carteira individual de vacinação.

As doses foram distribuídas de janeiro a março pelo governo federal para todos os Estados do país antes do vencimento. Elas somam quase 3,9 milhões de unidades, das quais cerca de 140 mil não foram utilizadas dentro do prazo de validade. Dessas, até o dia 19, 26 mil tinham sido aplicadas já vencidas.

A maioria - 70% - aplicada depois do prazo é de um mesmo lote do Serum, identificado como “4120Z005”. O bloco venceu em 14 de abril, mas continuou sendo aplicado depois dessa data pelo país. Em nota, o Ministério da Saúde informou que “acompanha rigorosamente todos os prazos de validade das vacinas Covid-19 recebidas e distribuídas” e que “as doses entregues para as centrais estaduais devem ser imediatamente enviadas aos municípios pelas gestões estaduais”.

“Cabe aos gestores locais do SUS (Sistema Único de Saúde) o armazenamento correto, acompanhamento da validade dos frascos e aplicação das doses, seguindo à risca as orientações do órgão”, destacou. A validade das vacinas contra a Covid-19 depende da tecnologia e dos insumos utilizados no desenvolvimento do imunizante.

Essas informações integram os dados analisados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para regulação dos utilizados no país. A AstraZeneca e a Pfizer duram até seis meses. A Janssen, com validade original definida em três meses, agora pode ficar armazenada por até quatro meses e meio. A Coronavac tem duração de um ano. O primeiro lote dessa vacina utilizado no Brasil venceria somente em novembro. (*) Com informações da Folha de SP



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