‘A Firma’: operação da Polícia Civil recupera veículos, apreende documentos e R$ 20 mil
Polícia
Ação foi desencadeada na manhã de hoje (29); Penápolis seria a sede da organização
Ivan Ambrósio 29/08/2023Balanço divulgado pela Polícia Civil de Araçatuba mostra que a Operação A Firma, desencadeada na manhã desta terça-feira (29), em várias cidades brasileiras, entre elas, Penápolis, resultou na apreensão de diversos documentos, materiais, R$ 20 mil em dinheiro e na recuperação de veículos.
Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas investigadas por integrar o que consideram uma das maiores organizações criminosas de pirataria digital do Brasil. Eles atuariam no fornecimento ilegal de sinais de TV por assinatura, conhecido como “gatonet”.
APREENSÕES
Nas diligências feitas, foram apreendidos, além de documentos; quatro automóveis - Honda Civic, Toyota Corolla, Hyundai Creta e VW Polo -; R$ 20 mil em dinheiro; um revólver de calibre 38; 96 munições do mesmo calibre; 15 celulares; sete notebooks; um tablete; cinco CPUs; 15 aparelhos decodificadores de canais; 12 relógios de marca; três HDs externos; 11 agendas e seis cartões bancários.
Todo material apreendido será analisado e periciado. A organização teria sede em Penápolis, sob a responsabilidade em manter em funcionamento uma sofisticada rede de distribuição de conteúdo áudio visual, tendo ramificações em alguns Estados e dezenas de milhares de pontos de acesso ilegais no Brasil todo.
Na cidade, segundo o que foi apurado, seriam cumpridos 9 mandados de busca e apreensão em endereços comerciais e residenciais e outros 3 em Birigui.
O chefe da suposta organização criminosa já foi preso em novembro de 2020, mas respondia em liberdade ao processo, por manter uma “uma gigantesca” central de distribuição de conteúdo áudio visual, com violação de direitos autorais.
No entanto, durante o processo criminal, a suposta organização criminosa continuou atuando e também estaria desenvolvendo a lavagem de dinheiro.
INVESTIGAÇÕES
As investigações se iniciaram há oito meses, quando foi criada uma força-tarefa entre a Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) da Polícia Civil de Araçatuba, o Cybergaeco (Núcleo de Investigações de Crimes Cibernéticos) do Ministério Público e a La Alianza, que resultou na operação para o cumprimento dos 32 mandados de busca e apreensão.
Além disso, em virtude dos indícios de lavagem de dinheiro, a 2ª Vara Criminal de Penápolis determinou o bloqueio e indisponibilidade de todos os ativos financeiros - incluindo criptoativos - de oito pessoas físicas e cinco empresas constituídas para essa finalidade. Houve ainda a determinação de bloqueio de dezenas de domínios e IPs utilizados para a manutenção da rede ilegal de streaming.
EQUIPES
Somente na região, a operação teve a participação de 105 policiais civis, entre eles, duas equipes do Deic de São Paulo, sete técnico-científicos, dois peritos da Associação La Alianza e 29 viaturas. Os agentes fizeram buscas em nove cidades de cinco Estados diferentes - São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia.
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