Abertura de novas empresas por microempreendedores acelera durante pandemia
Economia
Pessoas viram na criação de um negócio próprio alternativa para obter renda extra
Ivan Ambrósio 23/05/2021A pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, trouxe reflexos no cenário mundial em diversos setores. Apesar de, infelizmente, alguns comércios encerrarem suas atividades em virtude dos efeitos que algumas medidas que foram adotadas e impostas pelos governos, como o fechamento dos estabelecimentos no período de maior contaminação da doença, por outro lado, a abertura de novas empresas, especialmente os chamados MEIs (Microempreendedores Individuais), deram um salto maior neste período em Penápolis.
Pessoas que perderam o emprego ou tiveram salários reduzidos viram na criação de um negócio próprio a alternativa para obter renda extra. Com a redução ou o fim do pagamento da ajuda emergencial do governo, é possível que esse movimento siga em crescimento nos próximos meses. Levantamento feito durante a semana pela secretaria de Desenvolvimento e Trabalho da Prefeitura, a pedido do INTERIOR, mostra que, de março a dezembro de 2020, houve a abertura de 262 novos CNPJs (Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas) e, de janeiro a maio deste ano, mais 104, totalizando 366.
O mesmo resultado ocorreu nas que são enquadradas no Simples Nacional, como, por exemplo, o ME (Microempresa), que 187 aberturas de março a dezembro e 64 de janeiro até o último dia 15 deste mês, resultando em 251. Já no quesito Lucro Real e Presumido, que engloba comércio, bares, restaurantes, barbearias, entre outros setores, totalizando 99 novos inscritos, sendo 46 nos cinco primeiros meses deste ano e 53 de março a dezembro de 2020.
NACIONAL
Assim como ocorreu em Penápolis, o número de novas empresas no país cresceu. O Ministério da Economia informou que 3,359 milhões de empresas foram abertas no Brasil no ano passado. Segundo o governo, o número foi o maior desde início da série histórica, em 2010. Os dados estão no Mapa de Empresas, ferramenta digital do Ministério da Economia para acompanhamento de dados sobre registro empresarial no Brasil.
Esse crescimento ocorreu em meio à pandemia do novo coronavírus, que gerou recessão na economia brasileira e tombo estimado de mais de 4% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020. Em 2019, por exemplo, foram abertas 3,17 milhões de empresas e foram fechadas 1,18 milhão. De acordo com o ministério, o tempo para abertura de empresa no Brasil era, em média, de dois dias e 13 horas no final de 2020.
Em relação ao verificado ao final de 2019, houve uma redução de um dia e 22 horas (43%) no prazo. Ainda segundo a pasta, o país possuía, no fim do ano passado, 19,9 milhões de empresas abertas no país, das quais 11,2 milhões eram de MEIs, ou seja, 56,6% do total. (*) Com informações da Agência Brasil
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