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Açougueiro baleado durante cumprimento de mandado teria resistido à abordagem

Polícia

Ele, segundo apurado, permanecia internado sob escolta; arma usada pelo PM foi apreendida

Resgate do Corpo de Bombeiros levando açougueiro para receber atendimento médico no PS

Resgate do Corpo de Bombeiros levando açougueiro para receber atendimento médico no PS. Foto: Ivan Ambrósio

JOVEM PAN PENÁPOLIS

O açougueiro de 36 anos, baleado na tarde de quinta-feira (3), em Penápolis, teria reagido à abordagem da Polícia Militar, conforme o boletim de ocorrência registrado durante à noite no plantão policial. Segundo apurado, ele é suspeito de assaltar um colégio particular na região central da cidade no último dia 24.

O caso ocorreu em uma propriedade rural, que pertence aos pais dele e que fica às margens da Estrada do Mineiro, por volta das 16h30. O investigado foi ferido na barriga, tendo o projétil transfixado o corpo, mas sem atingir órgão vital. Por isso, não houve necessidade de cirurgia. Ele permaneceu em observação no pronto-socorro, sob escolta.


FACÃO

O delegado plantonista esteve no local. Dois PMs foram a propriedade para cumprirem mandado de prisão, expedido pela 4ª Vara de Justiça. Um deles contou que, durante a abordagem, o investigado teria resistido, pegando um facão. Ele só deixou o objeto após dois tiros. Mesmo assim, o homem teria corrido próximo de um pasto, sendo perseguido e, perto de uma mata, tentou agarrar o braço de um dos militares.

Neste momento, houve outro disparo, tendo o procurado caído. A mãe do açougueiro foi ouvida. Ela contou que o filho chegou do trabalho e estava sentado na área, quando os PMs chegaram. Ainda segundo ela, quando o açougueiro foi atendê-los, viu que um dos policiais sacou a pistola, apontou na direção dele e disse que iria prendê-lo.

Ao ser informado do mandado, o homem teria saído em direção ao pasto. A mulher relatou ainda que entrou na frente do PM, machucando o braço na cerca de arame. Mesmo assim, ela não conseguiu impedir que os policiais fossem atrás do açougueiro, que correu até uma mata, ouvindo dois disparos e imaginando que o filho tinha sido baleado. A mulher correu para dentro de casa e ficou com o marido, que confirmou a versão.


PS

O local foi periciado. Manchas de sangue foram encontradas, entretanto, não havia as cápsulas ou projéteis. O delegado, acompanhado de investigadores, foram ao PS e, em conversa com o investigado, este confirmou que pegou o facão mas que, ao ser informado da prisão, largou o objeto e correu para evitar a abordagem.

Ele ainda disse que o disparo foi feito quando ele caiu, já no meio da mata, negando ter tentado retirar a arma do PM. Os militares foram ouvidos e liberados. A pistola foi apreendida e o caso - registrado como tentativa de homicídio – será apurado pela Polícia Civil.

Em nota, a assessoria de imprensa da PM relatou que o açougueiro, ao ser visto e reconhecido, teria fugido em uma moto. “Mesmo com apoio de outras equipes, ele só teria sido alcançado na fazenda onde mora e se apossado de um facão, com o qual teria tentando atacar um dos policiais, que atirou duas vezes contra o chão, fazendo com que largasse a ferramenta e corresse para a mata”.

Ainda conforme a corporação, o investigado segurou o braço de um dos militares, na tentativa de tomar a arma e, por isso, houve o disparo. “A equipe imediatamente acionou o Resgate do Corpo de Bombeiros, sendo o homem levado ao hospital”, destacou. Após receber alta médica ontem (4), o açougueiro foi levado a cadeia local, estando à disposição da Justiça.

O oficial de plantão da PJM (Polícia Judiciária Militar) foi ao local, ouviu os PMs envolvidos, familiares do investigado e instaurou um inquérito para apurar os fatos. “A Polícia Militar reafirma seu compromisso com a defesa da vida, integridade física e dignidade da pessoa humana, por meio de treinamentos e aprimoramentos, sempre objetivando garantir os direitos humanos fundamentais de todas as pessoas, indistintamente”, finalizou a nota. O caso segue em investigação.



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