JOVEM PAN PENÁPOLIS

Aeroporto terá melhorias na segurança, condições operacionais e pista, diz ASP

Cidade

Consórcio diz que prioridade na unidade é promover a segurança e a disponibilidade

Dario Rais Lopes é diretor da ASP (Consórcio Aeroportos Paulista)

Dario Rais Lopes é diretor da ASP (Consórcio Aeroportos Paulista). Foto: Divulgação

COLÉGIO FUTURO - Horizontal meio da noticia

Melhorias na segurança, recuperação das condições operacionais e intervenções na pista. Estes são apenas alguns dos investimentos previstos pelo ASP (Consórcio Aeroportos Paulista), que assumiu a administração do aeroporto Dr. Ramalho Franco, em Penápolis.

A concessão, assinada em março deste ano, prevê investimentos de R$ 7 milhões na unidade em 30 anos. Em entrevista exclusiva ao INTERIOR, o diretor Dario Rais Lopes informou que, inicialmente, o consórcio focará em promover a segurança e a disponibilidade no espaço que, na visão dele, são requisitos essenciais para a eficiência das operações com aeronaves.

Questionado se há algum projeto por parte do consórcio no transporte de cargas e rotas para o aeroporto, ele adiantou que o desafio é com relação à posição logística que a unidade se encontra entre as rodovias Marechal Rondon (SP-300) e Assis Chateaubriand (SP-425).

“Esta ligação requer o cruzamento da cidade”, explicou. Sobre a possibilidade de a unidade receber voos comerciais, Lopes observou que o consórcio se dispõe em atuar de forma conjunta com a comunidade, setores produtivos e poder público que possibilite atrair operações regulares.

“Esse esforço conjunto é fundamental, mas é preciso esclarecer que esta é uma decisão que também cabe às companhias aéreas, que pautam suas programações, considerando a rentabilidade das linhas”, frisou. Composta pela Socicam e pela Dix Empreendimentos, a ASP é a concessionária responsável pela gestão de 11 aeroportos do Noroeste de São Paulo.

Além de Penápolis, integram o bloco os terminais de São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Araçatuba, Barretos, Assis, Dracena, Votuporanga, Tupã, Andradina e Presidente Epitácio. Com a concessão, a ASP passa a operar 24 unidades no país, reafirmando-se como a maior operadora privada de aeroportos do Brasil.

A Socicam ainda dispõe de um conjunto de ativos composto por 102 terminais rodoviários e urbanos e quatro marítimos, que atendem mais de 100 milhões de clientes a cada mês. Confira a entrevista exclusiva do diretor:


INTERIOR – Inicialmente, quais serão as prioridades do consórcio no aeroporto de Penápolis?

O início do trabalho da ASP (Aeroportos Paulistas) na unidade de Penápolis tem como foco promover a segurança e a disponibilidade, requisitos essenciais para a eficiência das operações com aeronaves. Neste contexto, a segurança está sendo priorizada em seu conceito mais amplo, ao contemplar infraestrutura operacional e patrimonial. A disponibilidade dos serviços e instalações permite gerar confiabilidade a tripulantes e proprietários de aeronaves que utilizam o espaço.


INTERIOR – Quais os projetos para o aeroporto durante o período de concessão?

Conforme previsto no edital de concessão, a primeira etapa tem como objetivo a recuperação das condições operacionais, ações que já estão sendo implementadas. De acordo com o contrato, no 12º ano, a ASP deverá concluir melhorias que permitam uma possível operação regular com aeronaves do tipo caravan – equipamentos com até 12 lugares. As intervenções contemplam melhorias no terminal de passageiros, nos sistemas de sinalização da pista e nos auxílios à navegação aérea. Está em avaliação à possibilidade de concluir esses trabalhos em até três anos.


INTERIOR – Por estar em uma localização privilegiada – ferrovia e as rodovias Assis Chateaubriand (SP-425) e Marechal Rondon (SP-300) -, há algum projeto por parte do consórcio no transporte de cargas e rotas?

Como concessionária dos aeroportos do noroeste paulista, a ASP compreende seu papel e compromisso de monitorar as movimentações de mercado, com o objetivo de fomentar e viabilizar possíveis acordos entre transportadores. É oportuno destacar, entretanto, que a intermodalidade - que fascina os especialistas em transporte - possui variáveis que devem ser analisadas a fundo, em função de sua complexidade. Se considerarmos as cargas do meio ferroviário, verifica-se que a afinidade com o modal aéreo é pequena, pela natureza pesada dos itens e pela alta concentração de valor. Ao analisar as cargas do meio rodoviário, é possível identificar uma compatibilidade maior, no que se refere a pacotes e encomendas, o que ainda suscita um acordo muito próximo entre os transportadores dos dois modais. Ao considerar a relação com passageiros, a afinidade entre o aéreo e o rodoviário é natural e usual em todos os aeroportos. No caso específico de Penápolis, encontramos como desafio adicional a posição do aeroporto em relação às rodovias citadas, uma vez que esta ligação requer o cruzamento da cidade.


INTERIOR – Com uma pista que passou por melhorias há alguns anos, o consórcio prevê voos saindo do aeroporto, mesmo já havendo outras unidades que fazem este tipo de serviço, como Araçatuba e São José do Rio Preto?

Além da implementação da infraestrutura adequada, a ASP já se dispõe a atuar de forma conjunta com a comunidade, setores produtivos e poder público, a fim de evidenciar um cenário que possibilite atrair operações regulares. O esforço conjunto é fundamental, mas é preciso esclarecer que esta é uma decisão que também cabe às companhias aéreas, que pautam suas programações, considerando a rentabilidade das linhas.


INTERIOR – O que despertou a concessionária em participar do leilão e adquirir as unidades que fizeram parte do Bloco Noroeste?

A ASP acredita no enorme potencial do noroeste paulista e assume seu compromisso de promover a eficiência e a segurança operacional dos aeroportos, a fim de oferecer todo o suporte ao contexto de desenvolvimento da região. A agricultura, agroindústria, interiorização e desconcentração industrial, além da infraestrutura de transportes que facilita essa interiorização, tendem a alavancar cada vez mais as viagens aéreas de negócios e lazer. Neste cenário, o transporte aéreo privado também tende a expandir em apoio aos conglomerados empresariais. Desta forma, acreditamos no êxito e sucesso dos empreendimentos.


INTERIOR – Quando os usuários poderão ver essas mudanças?

Nosso propósito sempre será prover as devidas melhorias, de acordo com as necessidades e no tempo devido. Para isso, a ASP atua com base em um planejamento dos negócios. Entendemos como compromisso público a busca permanente de novas oportunidades e a implementação de instalações adequadas e seguras para os passageiros e usuários dos aeroportos sob nossa gestão. A recuperação da infraestrutura existente no de Penápolis já poderá ser notada a partir do próximo mês de outubro.



JOVEM PAN PENÁPOLIS

Comentários

Atenção: Os comentários feitos pelos leitores não representam a opinião do jornal ou do autor do artigo.