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Aluno é flagrado com réplica de pistola e diz que pretendia defender a escola de ataques

Polícia

Foi a 3ª ocorrência de apreensão de objetos que podem ser confundidos com arma

PM encontrou o estudante, fez a abordagem e ele confirmou que estava com uma pistola

PM encontrou o estudante, fez a abordagem e ele confirmou que estava com uma pistola. Foto: Ilustração

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Um estudante de 16 anos foi flagrado com uma réplica de pistola na sala de aula em uma escola estadual de Araçatuba (SP), na manhã desta quarta-feira (12). Foi a terceira ocorrência envolvendo apreensão de objetos que poderiam ser confundidos com armas em escolas da cidade em dois dias.

Nesse caso, a Polícia Militar foi acionada por volta das 7h30, pela direção da escola, que foi informada por alunos de que um dos estudantes possivelmente estaria armado. A equipe que foi enviada à instituição, encontrou o estudante na sala de aula, fez a abordagem e o aluno confirmou que estava com uma pistola, mas a arma não era de verdade.

Questionado, o adolescente argumentou que pretendia proteger a escola de um possível ataque externo, diante dos recentes casos ocorridos em outras escolas do Brasil recentemente. Com ele também foi apreendido um cigarro de maconha, um isqueiro e um frasco de desodorante. Levado ao plantão policial, o aluno foi ouvido na presença de um responsável e liberado.


OUTRO CASO

A reportagem apurou que outros dois casos ocorridos em escolas de Araçatuba foram comunicados à polícia na terça-feira (11). Em um deles, um estudante de 11 anos foi flagrado com uma réplica de pistola feita com papelão e esparadrapo.

O aluno, que já estava suspenso das aulas por 10 dias, teria sido visto no interior da escola, sobre a “casinha” de gás que fica perto do portão. Ele foi abordado já do lado de fora do prédio, com um volume na cintura.

Questionada, a criança retirou o objeto e disse que o havia levado à escola para brincar com um amigo de “polícia e ladrão”. A suspensão dele era válida a partir de segunda (10), mas o motivo não foi informado.


SOCO INGLÊS

O terceiro caso registrado ontem envolve um estudante de 14 anos que foi flagrado com um “soco inglês” , que é um objeto metálico com quatro orifícios para se encaixar aos dedos, como se fossem anéis, potencializando possíveis lesões causadas por golpes.

Ele teria deixado o objeto cair enquanto estava no pátio da escola e ao ser informado pela direção que a polícia seria chamada, o entregou. Esse mesmo estudante teria sido flagrado comentando sobre suposto ataque na escola que deveria ter ocorrido na segunda-feira.


ESTADO ORIENTA ESCOLAS A REGISTRAR OCORRÊNCIAS

O Hojemais Araçatuba encaminhou e-mail à Secretaria de Estado da Educação pedindo informações sobre os recentes casos registrados em escolas de Araçatuba e foi informado que as escolas contam com patrulhamento da Ronda Escolar e em casos de ameaças, os gestores das unidades registram boletim de ocorrência para que as autoridades competentes possam realizar a investigação.

“Este registro é fundamental para auxiliar a Polícia nas medidas de monitoramento e investigação, que foram intensificadas nos últimos dias” , informa em nota. A pasta reforça que as escolas da rede estadual estão atentas aos comportamentos dos estudantes, atuando com a escuta ativa e mediação, buscando solucionar os conflitos identificados.


CÂMERAS

Ainda de acordo com o que foi informado, as unidades são orientadas a instalar câmeras, conforme diretriz do Conviva SP (Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar).

“Os equipamentos são espelhados com o CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) da Polícia Militar, com intermédio do Gispec (Gabinete Integrado de Segurança e Proteção Escolar), composto por servidores da Educação e da Polícia Militar, que contribuem para o planejamento das estratégias de segurança em toda a comunidade escolar e fomento da cultura da paz".


DIVULGAÇÃO

A secretaria alerta ainda que há consenso entre especialistas de que a divulgação de imagens ou informações de um atentado serve para fomentar novos casos, no que é conhecido como “efeito contágio”.

“Da mesma forma, percebe-se que a divulgação de ameaças (muitas das quais não passam de boatos) tem seguido o mesmo comportamento. Quanto mais se noticia, mais casos surgem. Além do efeito contágio, a divulgação dessas ameaças pode criar uma sensação de pânico generalizado em pais e professores” , informa.

Por fim, o Estado informa que atua em parceria com as redes de proteção do Estado e do Município, como CAPs (Centro de Atenção Psicossocial), Conselho Tutelar, Vara da Infância e Juventude e Polícias Civil e Militar para solucionar conflitos no ambiente escolar. (*) Com informações do Hojemais Araçatuba



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