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Alunos do curso de Medicina da Funepe vivenciam expedição humanitária em Pernambuco

Educação

Eles passaram quase 10 dias na cidade de Recife (PE), realizando trabalho voluntário junto à ONG ‘Doutores do Mundo’

Os alunos Maria Eduarda e Bruno, que cursam o 6º semestre do curso de Medicina

Os alunos Maria Eduarda e Bruno, que cursam o 6º semestre do curso de Medicina. Foto: Divulgação

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As férias de julho dos alunos Maria Eduarda e Bruno, que cursam o 6º semestre do curso de Medicina da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (Fafipe), mantida pela Funepe (Fundação Educacional de Penápolis), foram intensas e marcantes.

Eles passaram quase 10 dias na cidade de Recife (PE), realizando trabalho voluntário junto à ONG ‘Doutores do Mundo’. A Organização não-governamental atua sem fins lucrativos em diversos lugares do Brasil, realizando expedições humanitárias e atendendo comunidades em situação de vulnerabilidade que necessitam desse amparo para receber atendimento médico.

A decisão dos estudantes em seguir neste projeto veio a partir de uma intenção de Maria, que já acompanhava a ONG, e tomou a iniciativa de participar da expedição no Recife junto do seu namorado, que também cursa Medicina na Funepe/Fafipe. Ambos custearam as passagens e todos os custos da viagem.

Segundo eles, os valores pagos pelos participantes são usados para subsidiar todos os itens de apoio às comunidades atendidas, bem como destinados à estadia, passagem, camiseta do projeto, alimentação e demais experiências da viagem.

Os voluntários ficaram hospedados em uma creche, localizada na primeira comunidade atendida, no Brejo do Beberibe. Além desta, outras duas comunidades foram atendidas: Maria Farinha e Ilha de Deus, sendo essa última conhecida por suas marisqueiras e pescadores.

Bruno e Maria contam que durante a vivência no projeto aprenderam todos os processos de cuidado e o quanto conhecer a realidade do Brasil foi impactante.

“Nossa experiência foi única, pois a proposta da ONG é atender quem precisa com o que se tem disponível, e muitas vezes, são tantos os desafios da comunidade que o acesso à água potável muitas vezes demanda tempo e espera para o abastecimento local”, relatou Bruno.

Segundo os jovens, além de contarem com o apoio de voluntários médicos já experientes, eles também contribuíram construindo conteúdos orientativos para a população, ensinando desde práticas de primeiros socorros até promovendo campanhas para doação de absorventes de pano (reutilizáveis) para as mulheres. “Levamos aproximadamente 80 absorventes já prontos e mais alguns metros de tecidos para ensiná-las a costurar os seus próprios. E foi muito gratificante ver o sorriso e a felicidade de todas as meninas nesse compartilhar”, conta Maria Eduarda.

A expedição realizada pela ONG comumente é composta por um fotógrafo que registra os momentos das ações realizadas, pelos profissionais de saúde que são muito requisitados, como dentistas, médicos, estudantes de medicina e voluntários para auxiliarem nos trabalhos gerais.

A experiência humanizada possibilitou que os jovens  alunos do curso de medicina da Funepe, que possui em seu projeto pedagógico práticas e ensinos que desenvolvem o senso da importância do atendimento humanizado, vivenciassem a teoria na prática. Além disso, ambos apontam que descobriram o caminho que desejam seguir após concluir a graduação.

“Embora não tenha sido o meu primeiro trabalho voluntário, esse foi o que mais me impactou. Pude ver de perto as desigualdades de acesso à atendimentos e cuidados básicos. Foi um misto de emoção e a sensação de dever cumprido nos dias em que pude me dedicar ali. Com certeza essa é a medicina que eu acredito e que eu escolho seguir”, conta Maria Eduarda.

Bruno, assim como sua namorada, também relata o quanto essa imersão marcou sua vida. Ele que também possui familiaridade com trabalhos voluntários, cita essa expedição como algo único.

“Foi uma experiência inexplicável. Nós que ficamos imersos o tempo todo nos estudos em sala de aula, pudemos conhecer a realidade do nosso país e entender que podemos sim ajudar mesmo com o mínimo de recurso. Voltei dessa expedição com um novo olhar e com mais vontade de me dedicar a cuidar do outro sem julgamentos”.

Maria e Bruno são unânimes em dizer que, o que aprenderam, está além dos materiais teóricos estudados. O anseio pelo crescimento profissional e apoio de familiares os impulsionam para viver novas experiências futuras.

“Essa expedição nos deixou uma marca profunda, e fortalecendo em nós o compromisso de nos tornarmos médicos dedicados a causar um impacto positivo nas vidas das pessoas, especialmente nas comunidades mais vulneráveis”, ressaltam.

Após o retorno da viagem, os alunos compartilharam com os professores da Fafipe/Funepe um novo entendimento sobre o poder da empatia e solidariedade humanas, e afirmam “estamos ainda mais determinados a seguir na missão de servir no campo da medicina”, concluem.  (*)Por A/I Funepe



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