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América Latina tem 1,3 milhão de casos e 65 mil mortes por covid-19

Brasil

Brasil pode chegar a 1 milhão de contaminados menos de duas semanas

Hoje, a região tem mais 1,3 milhão de casos confirmados da doença, sendo que 1,1 milhão estão em apenas 4 países

Hoje, a região tem mais 1,3 milhão de casos confirmados da doença, sendo que 1,1 milhão estão em apenas 4 países. Foto: Divulgação/Governo do Uruguai

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A América Latina é atualmente o epicentro da pandemia no mundo, e os casos continuam aumentando rapidamente em vários países. Hoje, a região tem mais 1,3 milhão de casos confirmados da doença, sendo que 1,1 milhão estão em apenas 4 países: Brasil (691.758), Peru (196.515), Chile (138.846) e México (117.103). No mundo todo, são mais de 7 milhões de casos confirmados.

O Brasil ultrapassará a marca de 1 milhão de pessoas contaminadas no dia 20 de junho, segundo dados da plataforma estatística do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Neste mesmo dia, a previsão é de que teremos mais de 47 mil mortos. A ferramenta traz gráficos e projeções de tendências da evolução de casos e mortes por país.

O número de mortes segue aumentando na região, registrando recordes em alguns países. De acordo com o Painel Rede CoVida, na última semana o Brasil chegou a registrar 1.432 mortes em um único dia (4 de junho). O país já soma 36.455 mortes pelo novo coronavírus.

A Rede CoVida - Ciência, Informação e Solidariedade é uma iniciativa que surgiu em março de 2020 a partir da união entre o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba), diante da maior crise de sanitária global dos últimos 100 anos.


PAINEL

O México aparece em segundo lugar no painel da Rede CoVida com 13.699 mortes, seguido de Peru (5.465), Equador (3.621), Chile (2.264) e Colômbia (1.323). No total, são 65.704 mortes na região.

O país com menos casos é o Uruguai, com 845 contaminados e 23 mortes. Outros países que se destacam pelo baixo índice de contaminação são Costa Rica, com pouco mais de 1300 casos e apenas 10 mortes, e Paraguai, com pouco mais de 1100 casos e 11 mortos.

O Uruguai nunca chegou a estabelecer quarentena obrigatória, mas obteve sucesso na luta contra o novo coronavírus. As medidas, além do isolamento voluntário da população, foram o fechamento imediato de escolas e universidades, no dia 13 de março, quando foram registrados os quatro primeiros casos no país, além do fechamento das fronteiras e do cancelamento de eventos com aglomerações de pessoas.


PROJEÇÕES

O México viveu, na semana passada, o pior momento desde o início da pandemia, tanto em casos confirmados quanto em mortes, de acordo com a plataforma estatística do Instituto de Informática da UFRS. Foram registradas mais de mil mortes em um único dia, tendo novos recordes durante três dias consecutivos. Apesar do avanço da doença, o presidente do país, Andrés Manuel López Obrador, segue com um plano de abertura gradual do comércio.

O Ministério da Saúde do Peru informou que, entre os 196.515 casos confirmados de Covid-19, 9.583 pacientes estão hospitalizados, dos quais 1.041 estão em terapia intensiva com ventilação mecânica. Além disso, 86.219 pacientes se recuperaram e receberam alta.

Após o rápido aumento no número de casos naquele país, o presidente anunciou nova prorrogação da quarentena, até 30 de junho. O Peru decretou estado de emergência sanitária no dia 16 de março. Apesar de ser o segundo país em número de casos, foi um dos primeiros a reagir com medidas rigorosas.

Especialistas dizem que a grande proporção de contaminados pode ser resultado do alto número de testes realizados no país. De acordo com o Ministério da Saúde, no Peru  já foram realizados 1.191.956 testes.


PICO

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a América Latina ainda não atingiu o pico da curva de transmissão, o que significa que o número de infecções e mortes deve continuar aumentando.

A Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) defendeu, na semana passada, que os países devem ser muito cuidadosos ao começar a flexibilizar as medidas de isolamento e afirmou que uma segunda onda de contágios pode levar à perda dos esforços feitos até o momento. (*) Por Marieta Cazarré - Repórter da Agência Brasil - Montevidéu-DF



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