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Apae de Penápolis deixará de administrar serviço de Zona Azul no município

Cidade

Ofícios explicando os motivos foram enviados ao prefeito e a presidente da Câmara

Desde 8 de junho de 2001, a Apae era responsável pelo serviço de cobrança da Zona Azul

Desde 8 de junho de 2001, a Apae era responsável pelo serviço de cobrança da Zona Azul. Foto: Ivan Ambrósio

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A Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Penápolis deixará de administrar o serviço de Zona Azul no município. A decisão ocorreu após reunião entre a diretoria e conselhos da entidade. O comunicado foi feito na segunda-feira (16), em ofícios enviados ao prefeito Caíque Rossi (PSD) e a presidente da Câmara, Letícia Sader (MDB).

A implantação do serviço foi feita por meio da lei municipal 189, de agosto de 1999. Desde 8 de junho de 2001, a associação era responsável pela cobrança, ou seja, há 21 anos. Conforme detalhou a Apae nos documentos, houve períodos em que foram empregados 110 funcionários. Atualmente, conta com 44, que já foram comunicados do fim da parceria.


MOTIVOS

No comunicado publicado nas redes sociais no começo da tarde desta quarta (17), a entidade explicou que as dificuldades em manter a gestão do serviço se iniciaram em 2020 com a pandemia da Covid-19, o novo coronavírus.

“Quando houve a necessidade de fechar o comércio como forma de prevenção da doença, a Apae teve que administrar uma considerável redução das entradas de recursos no fluxo de caixa”, mencionou. A associação ainda relatou que, neste período, foi necessário reduzir os colaboradores em 50%.

“Muitas dificuldades foram enfrentadas, algumas superadas e outras permanecem até hoje”, ressaltou. A cobrança retornou em agosto do mesmo ano, porém, com a equipe e o horário diminuído o que, no comunicado feito pela entidade, impactou na arrecadação, onde o déficit, naquela época, já somava mais de R$ 262 mil.

“Para cobri-lo, foram usados verbas acumuladas provisoriamente em anos anteriores. Na esperança de que a situação se normalizasse, trabalhamos 2021 buscando todas as formas para melhorar a arrecadação, porém, apesar dos esforços, não atingimos o esperado para retomar os resultados. Mesmo assim, honramos com nossos compromissos juntos aos nossos prestadores de serviços”, destacou.

Outro ponto citado pela instituição é que há seis anos o valor da tarifa não sofreu reajuste, já que a cobrança do estacionamento por duas horas é de R$ 2,50, bem como que os meios eletrônicos seriam os mais indicados para a agilidade do serviço, porém, é imprescindível a municipalização do trânsito. “Por lei, a Apae não pode utilizar recursos de outras origens para custear o programa”, acrescentou.


DESCONTENTAMENTO

A entidade reforça que se soma ainda para a decisão da finalização do serviço o descontentamento dos usuários, que tem criticado de forma agressiva as funcionárias e a própria Apae, seja presencialmente ou pelas redes sociais.

“Esse comportamento se acentuou nos últimos meses. A forma agressiva e caluniosa como o serviço tem sido tratado por parte da população se tornou um marketing negativo para um trabalho de excelência que desenvolvemos há 52 anos no atendimento a pessoa com deficiência intelectual ou múltipla”, complementou.

Finalizando o comunicado, a associação agradece a todos pelo respeito, apoio e, principalmente, reconhecimento e contribuição com os trabalhos realizados. “A Rossetti e Filhos nossa gratidão pela parceria e confiança em nosso trabalho e na aplicação dos recursos oriundos deles como patrocinadora dos talões utilizados”, concluiu.

A entidade garantiu que todas as verbas rescisórias, entrega do prédio e outras despesas serão honradas com os recursos restantes que haviam reservado alguma necessidade. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para comentar o assunto, no entanto, não houve resposta.



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