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Apeoesp promove ato simbólico contra a volta das aulas presenciais

Educação

Gilson Ramos

Profª. Tereza Cristina, coordenadora da subsede da Apeoesp em Penápolis

Profª. Tereza Cristina, coordenadora da subsede da Apeoesp em Penápolis. Foto: Divulgação

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As subsedes da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo) estão realizando carreatas e atos conta a volta às aulas presenciais nas regiões e realizará uma carreata estadual nesta sexta-feira (29).

Em Penápolis, a unidade local definiu um ato simbólico para esta quinta-feira (28), às 20h, na praça Dr. Carlos Sampaio Filho. Além do manifesto contra a volta presencial, no ato de hoje também será feita uma homenagem pelos mortos da Covid-19 na cidade.

Apesar de ser um ato de militância, é aberto a toda a sociedade para participação. A pressão da Apeoesp contra a volta às aulas presenciais neste momento de agravamento da pandemia com amplo trabalho de denúncia na sociedade, levou o governo a recuar em relação ao planejamento acontecer de forma presencial de terça (26) a quinta (28).

Entretanto, a Secretaria de Educação manteve o comparecimento no dia 29, bem como na primeira semana de fevereiro. Uma assembleia regionalizada a ser realizada em 5 de fevereiro decidirá sobre a greve em defesa da vida. De acordo com a coordenadora da subsede local da Apeoesp, Prof.ª Tereza Cristina Moreira da Silva, há falas em relação ao perigo que representa a aglomeração de crianças e jovens nas escolas, para questão de aumento dos casos da Covid.

Porém, o secretário de estado da Educação, Rossieli Soares, faz uma leitura que é diferente da entidade sindical. Segundo o sindicato dos professores, ele entende que crianças e jovens aglomerados nas escolas não significa que tenha contágio; crianças não representam perigo.

“A Apeoesp pensa o contrário tomando por base diversos países que retornaram e depois tiveram de suspender novamente as aulas presenciais, exatamente pelo contágio”, disse. Tereza falou ainda que há estudos e publicações em relação a crianças e jovens transmitem o vírus por mais tempo que os adultos. Estes estudos apontam até três semanas dessa transmissão.

“Estamos baseados nos estudos e na ciência. Se aulas já foram suspensas com números bem menores da pandemia que os de hoje, como é que a gente agora volta com aulas presenciais? É preciso esperar mais um pouco, quando todos já tiverem sido vacinados”, argumenta.

A coordenadora de subsede afirma que os professores desejam a volta das aulas presenciais, por conta da dificuldade do trabalho remoto, insegurança, dificuldade de participação. “Os professores sabem da importância, porque são eles que fazem a educação acontecer, mas querem segurança”, ressalta.


ALERTA

O ato simbólico que acontece em todo o Estado é para chamar a atenção da sociedade e pedir o apoio para os pais não mandarem seus filhos para as escolas. A Apeoesp diz que os dados do Governo não condizem com a realidade defendida pelo Estado, sendo bem maiores os totais de casos e mortes daqueles que são oficialmente divulgados.

Para os educadores, todas as vidas importam, neste momento não é de volta às aulas. Em informativo direcionado à categoria, o sindicato dos professores diz que reuniões de planejamento e formação podem perfeitamente ser realizadas a distância.

Embora não seja o ideal, as aulas podem também ser realizadas remotamente. Não há explicação plausível para obrigar professores a estar nas escolas a partir de 29 de janeiro e nem para aulas presenciais a partir de 8 de fevereiro.

A Apeoesp informa ainda que recorreu novamente à Justiça e está debatendo com a categoria a deflagração de greve da educação em defesa da vida no ida 8 de fevereiro. Para tanto realizará assembleias regionalizadas no dia 5 e está realizando uma pesquisa online.

A Apeoesp reafirma que não devem ser retomadas as atividades presenciais e continua com a Ação Coletiva tramitando no TJ (Tribunal de Justiça) nesse sentido.

Diante dos questionamentos sobre o período de cumprimento obrigatório no planejamento, o departamento jurídico da Apeoesp esclarece que o professor deverá permanecer nas atividades de planejamento, ainda que de forma remota, pelo período que compreende a sua jornada de trabalho para atividades com educandos e Aula de Trabalho Pedagógico (HTPC) ou seja, excluindo a Aula de Trabalho Pedagógico em Local de Livre Escolha (ATPL).



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