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Após aumento da Petrobras, litro da gasolina passa dos R$ 7 nos postos da cidade

Economia

Estatal anunciou na sexta (17) que gasolina sobe 5,18% e diesel tem alta de 14,26%

Gasolina comum é vendida nos postos na média entre R$ 7,14 a R$ 7,19

Gasolina comum é vendida nos postos na média entre R$ 7,14 a R$ 7,19. Foto: Ivan Ambrósio

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Mal a Petrobras anunciou na sexta-feira (17) um novo reajuste nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras, os postos de Penápolis já repassaram o aumento nas bombas, pegando os consumidores de surpresa já no final de semana.

Levantamento feito pelo INTERIOR no começo da tarde de ontem (20) em pelo menos seis estabelecimentos aponta que o valor da gasolina comum, antes vendida na média entre R$ 6,94 a R$ 7,09, agora é encontrada de R$ 7,14 a R$ 7,19, uma alta de quase 3%.

Já o litro da aditivada passou para R$ 7,24 a R$ 7,29. O etanol ainda segue de R$ 4,64 a R$ 4,69 nos postos da cidade. O diesel pode ser encontrado de R$ 7,54 a R$ 7,79, dependendo do estabelecimento.


REAJUSTE

O preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro - alta de 5,18%. Para o diesel, foi de R$ 4,91 para R$ 5,61 (14,26%). Na nota em que anunciou o reajuste, a estatal afirmou que o mercado global de energia está atualmente em “situação desafiadora”, por conta da recuperação da economia mundial e a guerra na Ucrânia.

A Petrobras apontou ainda que “é sensível ao momento em que o Brasil e o mundo estão enfrentando e compreende os reflexos que os preços dos combustíveis têm na vida dos cidadãos” e que tem buscado equilibrar seus preços com o mercado global, sem o repasse imediato da volatilidade dos preços externos e do câmbio.

O anúncio, no entanto, não causou boa repercussão no governo federal, principalmente ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que cogitou a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) pelo Congresso. Diante do cenário, a estatal informou que José Mauro Coelho pediu demissão da presidência e também do Conselho de Administração.

Pouco depois, em novo comunicado, a Petrobras informou que o atual diretor executivo de Exploração e Produção da companhia, Fernando Borges, será o presidente interino, até que o substituto de Coelho seja eleito e empossado. O provável é Caio Paes de Andrade, secretário de Desburocratização do Ministério da Economia. Ele foi indicado ao cargo pelo governo há um mês, mas a troca esbarrou nos trâmites legais definidos para a substituição.


FISCALIZAÇÃO

Ainda ontem, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) determinou a criação de uma força-tarefa para fiscalização de preços de combustíveis em todas as regiões do Estado de São Paulo. Profissionais do Procon.SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) atuarão para acompanhar os valores nas bombas de mais de mil estabelecimentos nas regiões metropolitanas, interior e litoral.

Eles checarão se acompanha a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). “Farei isso regularmente para que, no momento em que os tributos forem reduzidos, avaliar se essa diminuição chegou à bomba. O objetivo é que consigamos alguma baixa final para o consumidor”, reforçou o tucano.

A previsão é que alterações na arrecadação do ICMS, aprovadas pelo Congresso e determinadas em decisão provisória do STF (Supremo Tribunal Federal) sejam aplicadas nesta semana, ao mesmo tempo em que a Petrobras anunciou novos reajustes em vigor.

O governador lembrou que São Paulo já tomou medidas próprias para frear o impacto do aumento, como o congelamento da taxação do diesel em R$ 0,63 por litro desde o ano passado, porém, a manutenção da política de preços da Petrobras, atrelada ao mercado internacional, praticamente elimina a efetividade das medidas estaduais.

“O vilão não é o ICMS. Estão querendo reformar a casa começando pelo lugar errado. O grande problema é a política de preços da estatal, que tem uma margem de lucro enorme comparativamente a outras petroleiras do mundo e isso não é justo com o cidadão”, finalizou Garcia.

O Congresso aprovou o projeto que limita a alíquota do ICMS sobre combustíveis, energia, gás natural, comunicações e transportes coletivos. A medida é uma das tentativas do governo federal para reduzir o preço dos combustíveis em ano eleitoral. Para entrar em vigor, ela agora depende da sanção presidencial.



JOVEM PAN PENÁPOLIS

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