Atacado por um boi, morre Luiz Monteiro, o Chicó, aos 81 anos
Polícia
Acidente se deu numa propriedade rural no bairro Lajeado, em Penápolis
Gilson Ramos 21/09/2022*Matéria atualizada às 16h40 para acréscimo do velório e horário de sepultamento
O ataque de um boi resultou numa tragédia em Penápolis no final da tarde de terça-feira (21), levando à morte o agropecuarista Luiz Monteiro, popularmente conhecido por Chicó, aos 81 anos. O acidente se deu pouco depois das 17h30, numa propriedade rural no bairro Lajeado.
O sítio fica às margens da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425) entre Penápolis e Barbosa. De acordo com o boletim de ocorrência, policiais militares foram acionados a comparecer na propriedade, onde teria ocorrido um acidente com animal bovino.
Chegando ao local, a equipe soube que a vítima já tinha sido levada pelo Resgate do Corpo de Bombeiros ao pronto-socorro. Consta que a esposa teria presenciado todo o ataque do animal ao marido e deu detalhes.
ATAQUE
O boi - que seria da raça holandês - acabou rompendo a cerca de arame liso, no momento em que Monteiro foi tratar os animais, vindo para cima dele com cabeçadas e pisões pelo corpo. A mulher, com um pedaço de pau, tentou socorrer o marido, desejando afastar o bovino, mas sem sucesso. Após o animal se distanciar, ele foi encaminhado ao PS, não resistindo aos ferimentos e vindo a óbito.
O filho de Chicó é proprietário do sítio e o pai ajudava no cuidado diário com o gado. O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) de Araçatuba para exame necroscópico. O velório acontece no Bom Pastor Memorial e o sepultamento será nesta quinta (22), às 10h. Um inquérito será instaurado pela Polícia Civil para apurar o caso.
PERSONAGEM
Monteiro ficou conhecido pelo apelido na década de 60 quando, participante do efervescente movimento teatral em Penápolis, encenou o “O Auto da Compadecida”, peça de 1955 de Ariano Suassuna, que virou filme em 2000. A obra retrata as aventuras de João Grilo e Chicó, dois nordestinos pobres que vivem de golpes para sobreviver.
Eles estão sempre enganando o povo de um pequeno vilarejo, inclusive o temido cangaceiro Severino de Aracaju, que os persegue pela região. Além disso, Monteiro era ex-funcionário do Sesc-SP (Serviço Social do Comércio), tendo passagem pela Prefeitura na gestão do ex-chefe do Executivo, Firmino Sampaio - 1998 a 2004 -, na Secretaria de Cultura e, posteriormente, na chefia de Gabinete. (*) Colaborou Ivan Ambrósio
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