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Atleta revelado em escolinha penapolense é aposta do Santos

Esportes

Gabriel Pirani, de 18 anos, tem multa rescisória de 100 milhões de euros e contrato até 2022

Pirani assinou novo vínculo com o Peixe até 2022; multa rescisória é de 100 milhões de euros

Pirani assinou novo vínculo com o Peixe até 2022; multa rescisória é de 100 milhões de euros. Foto: Divulgação

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O meia Gabriel Pirani, de apenas 18 anos, é uma das principais apostas do Santos e tem contrato até 2022, com multa de 100 milhões de euros (cerca de R$ 600 milhões). A história dele no futebol começou ainda cedo, quando ele tinha só quatro anos.

Por admiração pelo irmão mais velho, o garoto pediu ao pai para começar a jogar em uma escolinha em Penápolis, no interior de São Paulo. O bom desempenho despertou o desejo de crescer no esporte. Tudo isso, porém, poderia ter sido diferente se há alguns anos o jovem tivesse escolhido ir para o rival São Paulo.

“Com sete anos, meu professor decidiu me levar para fazer um teste no São Paulo. Eu fui e passei. Fiz mais testes até os oito, nove anos. Aí tive oportunidade de fazer um teste no Santos na mesma data que seria mais um no São Paulo. Como eu sabia que o São Paulo na época não jogava campeonatos sub-11, eu quis ir para o Santos e passei no teste”, explica Pirani.

Desde então, a vida da família dele mudou. O garoto se mudou de Penápolis para Santos (as cidades são separadas por 550 quilômetros). Como a ajuda de custo que o garoto recebia ainda não era suficiente para arcar com todas as despesas, o pai teve de ajudar.

Hoje, mesmo já com uma realidade bem diferente e mais confortável, Pirani não se permite o luxo de ostentar. O garoto adota um perfil diferente da maioria dos jogadores: recebe apenas uma mesada dos pais, não tem tatuagens e evita gastos superficiais.

“Para me manter no Santos, ele já foi até para a África, porque eu não ganhava um salário que podia me manter. Ele foi trabalhar no Congo durante quatro anos. Para eu conseguir me manter, para que nunca faltasse nada para mim. Eu aprendi a pagar o preço. Eu vi o meu pai indo lá e me falando: é isso que você tem para gastar no mês. Daquela época até hoje, aprendi a controlar. Nessa idade, a gente não sabe controlar o que a gente ganha”, conta.

“Por causa do apoio da minha família, sempre fui mais tranquilo. Eu me sinto mais maduro do que muitos atletas da minha categoria”, acrescentou. E Pirani tem um exemplo no próprio Santos que pretende seguir: o ex-jogador Elano.

Os dois se conheceram quando o garoto tinha apenas 15 anos e o então técnico do Peixe o convidou para um treino com os jogadores profissionais. Recentemente, em uma das tantas “lives” em tempos de pandemia do novo coronavírus, Elano disse que Pirani é “o melhor jogador das categorias de base do Santos”.

“Eu sempre o acompanhei. Ele é uma das minhas referências, por ser um cara mais sério. Ele sempre foi assim. Nunca ostentou nada. Desde pequeno, sempre usei ele como referência. Quando o conheci, foi uma surpresa. Ele me chamou para treinar quando eu tinha só 15 anos. Nem conversamos muito, então (o elogio) foi uma surpresa para mim”, completa.

Antes de completar 18 anos, Pirani disputou quatro jogos da Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano e espera se firmar no sub-20 quando os treinos forem retomados. (*) Com informações de Bruno Giufrida/Globo Esporte



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