Aulas na rede estadual são suspensas e prefeituras adotam medidas de prevenção

Educação

Estudantes, pais e responsáveis serão orientados, essa semana, sobre as ações tomadas pelo Estado

Ivan Ambrósio e Carlos Netto 17/03/2020

Com o crescente aumento no número de casos de coronavírus no Brasil, o Governo de São Paulo adotou medidas temporárias e emergenciais. Dentre as ações, estão a suspensão gradual das aulas na rede estadual de ensino desde ontem (16).

O governador João Dória (PSDB) publicou um decreto, no sábado (14), com as recomendações. Segundo o documento, a paralisação total nas unidades escolares acontecerá na próxima segunda-feira (23). Há, também, o adiamento de eventos públicos ou privado que reúnam 500 pessoas ou mais, incluída a programação dos equipamentos culturais públicos.

Também estão suspensas as férias de funcionários da rede estadual da Saúde até 15 de maio. Ao setor privado e entidades autônomas, o governo recomenda a suspensão de aulas na educação básica e superior, adotada gradualmente.

A rede estadual de ensino reúne 5,1 mil escolas e atende 3,5 milhões de alunos. Nesta semana, as unidades permanecerão abertas para receber as famílias dos alunos e oferecer orientações. Uma delas é evitar que crianças e jovens permaneçam em casa sob a tutela dos avós ou parentes com mais de 55 anos.

Os idosos formam o grupo mais vulnerável aos sintomas respiratórios graves provocados pelo covid-19. A reportagem do INTERIOR flagrou, na tarde de ontem (16), alguns alunos em frente a algumas escolas, entre elas, a Yone Dias de Aguiar.

A partir do dia 23, a paralisação será total. Durante a interrupção, a Secretaria da Educação buscará opções para que todos os alunos participem de aulas ou atividades educacionais pela internet. A retomada do ano letivo só será definida conforme o avanço do coronavírus for contido no Estado.


MICRORREGIÃO

O Executivo penapolense adotou medidas quanto ao assunto (veja mais na página 4). Na microrregião, as prefeituras já estão tomando as providências necessárias. Ao menos em Avanhandava, Barbosa, Glicério e Luiziânia as aulas, essa semana, serão facultativas, ou seja, período em que os pais e responsáveis deverão se organizar e providenciar local para deixar as crianças.

As creches estarão abertas neste período. Em ambos os municípios, as atividades serão suspensas a partir da próxima segunda-feira (23), como recomenda o governo estadual. Em Avanhandava, as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) intensificarão as ações de orientação e prevenção da doença.

Ficam suspensas, por 60 dias, as autorizações de férias aos profissionais da saúde. As secretarias de assistência Social e a de Esportes deverão interromper, por tempo indeterminado, todos os programas realizados pelas pastas. Em Luiziânia, nessa semana não serão computadas as faltas.

A creche permanecerá aberta, mas interromperá as atividades na próxima segunda. Também será fechado o Cras. As atividades do projeto Guri e treinamentos esportivos serão paralisados. O Posto de Saúde intensificará as ações de orientação e prevenção da doença e ficará aberto 24 horas.

Em Alto Alegre, as aulas estão suspensas a partir de hoje (17), bem como as atividades realizadas pelo Cras – como reuniões – e centro-dia do idoso. A prefeita Helena Berto (PSDB) ainda informou que novas medidas acontecerão ao longo dos próximos dias e a limpeza dos locais públicos serão intensificadas. Braúna e Glicério ainda decidirão quais medidas adotar nos próximos dias.


CASOS

Até o momento, a cidade não registrou nenhum caso suspeito ou positivo da doença. Em Araçatuba, a Prefeitura informou que foram recolhidos materiais para exame de dois pacientes do município que apresentaram sintomas de gripe.

Em São José do Rio Preto (a 110 km), exame realizado no HB (Hospital de Base) apresentou positivo para o novo coronavírus em uma paciente. A contraprova será realizada pelo Instituto Adolfo Lutz de São Paulo. O resultado deve sair em até 48 horas.

Em todo território nacional, até a tarde de ontem, já havia sido computados 200 casos positivos, 1.913 suspeitos e 1.486 descartados. São Paulo é o Estado com o maior número, com 136, representando 68% do total. O Rio de Janeiro vem na segunda colocação, com 24.