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Birigui confirma 1ª morte por dengue no ano e vive estado de epidemia

Região

Número de casos positivos em pouco mais de três meses já supera em 30% o total registrado em todo ano passado

Até o dia 2 de abril, o mutirão da Prefeitura passou por 41 bairros, onde foram visitados 10.351 imóveis

Até o dia 2 de abril, o mutirão da Prefeitura passou por 41 bairros, onde foram visitados 10.351 imóveis. Foto: Divulgação

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A Secretaria de Saúde de Birigui (SP) confirmou a primeira morte por dengue de 2022 e alerta para o estado de epidemia da doença. São 824 casos positivos registrados em pouco mais de três meses, número 30% maior quando comparado aos 631 casos em todo ano passsado.

A vítima foi uma mulher de 79 anos, moradora do bairro Nossa Senhora de Fátima, que faleceu no dia 16 de março. De acordo com a Prefeitura, ela tinha histórico de diabetes, hipertensão e tratamento anterior para leishmaniose.

A paciente apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 3 de março e no dia 6 procurou atendimento médico no pronto-socorro. Ela foi encaminhada para internação na Santa Casa de Birigui, onde dias depois, devido ao agravamento de seu estado de saúde, veio a óbito.


NÚMEROS

No acumulado deste ano - de 1º de janeiro até esta terça-feira (5) - Birigui registrou 2.200 notificações, sendo 824 casos positivos, 380 casos negativos e outros 996 casos em investigação. Em 2021, o município teve 631 casos de dengue e uma morte provocada pela doença.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Cássia Rita Santana Celestino, os números colocam o município em estado de epidemia, pois, segundo ela, a partir de 200 casos positivos a situação já é considerada epidêmica e exige medidas mais efetivas para o combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti.


MUTIRÃO

Desde o dia 7 de março, a Prefeitura realiza mutirão de controle e combate ao mosquito. Os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias estão retirando dos imóveis materiais inservíveis que são potenciais criadouros e orientando os moradores.

Até o dia 2 de abril, o mutirão passou por 41 bairros, onde foram visitados 10.351 imóveis. Desse total, as equipes encontraram larvas do mosquito em 545 deles. Nesse período, a ação já recolheu 37,6 toneladas de materiais inservíveis que poderiam acumular água de imóveis e terrenos baldios.

“Priorizamos as regiões com maior incidência da doença, mas a ideia é trabalhar todas as regiões da cidade. Nas unidades de saúde e pronto-socorro foi realizado treinamento e unificado o protocolo de atendimento para os pacientes com sintomas da doença”, disse a secretária.

Segundo ela, o objetivo é evitar que os doentes tenham a situação agravada. Cássia ainda adiantou que busca a parceria do setor imobiliário para que as casas que se encontram  fechadas e desabitadas também sejam vistoriadas pelas equipes de saúde.

“O poder público está tomando providências, mas que não serão suficientes se não tivermos a colaboração da população. Estamos em guerra contra o mosquito e os moradores devem nos ajudar vistoriando cada cantinho de suas casas eliminando diariamente qualquer tipo de recipiente que possa acumular água parada”, apelou.


ATENDIMENTOS

A secretária de Saúde orienta ainda os moradores a procurarem uma das 11 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) após o surgimento de qualquer sintoma leve da doença. Já sintomas graves,  como febre alta, vômito e dor abdominal, é necessário procurar imediatamente o pronto-socorro municipal. (*) Da redação - Hojemais Araçatuba



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