JOVEM PAN PENÁPOLIS

Birigui registra dois casos de monkeypox, um de chikungunya e mais de 9 mil de dengue em 2022

Região

Uma das pacientes da varíola do macaco era gestante e teve o bebê em dezembro, sem nenhuma evidência de contaminação pela doença

Lesões na pele da monkeypox parecem as da catapora ou da sífilis até formarem uma crosta, que depois cai

Lesões na pele da monkeypox parecem as da catapora ou da sífilis até formarem uma crosta, que depois cai. Foto: Divulgação

JOVEM PAN PENÁPOLIS

O município de Birigui (SP) encerrou o ano de 2022 com dois casos positivos de monkeypox, a varíola dos macacos, um paciente contaminado pela chikungunya e mais de 9 mil moradores com resultado positivo para a dengue.

Os números estão no boletim epidemiológico, atualizado semanalmente pela Diretoria de Controle de Epidemias e de Endemias, da Secretaria Municipal de Saúde, referente ao período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2022.

Conforme o município, o primeiro caso da monkeypox confirmado é uma mulher de 37 anos, cujo registro ocorreu no dia 27 de setembro. O segundo, é uma gestante de 44 anos, feito no dia 13 de outubro. A criança nasceu na Santa Casa de Birigui no mês de dezembro, sendo que não houve nenhuma evidência de contaminação pela doença.

Em ambos os casos, a Secretaria de Saúde afirma que não se sabe o local de contaminação, visto que as pacientes relatam que não viajaram antes dos primeiros sintomas.

“As duas pacientes foram acompanhadas pela Vigilância Epidemiológica do município e já tiveram alta do tratamento, ou seja, já estão recuperadas”, informou em nota.

Outros dois casos da doença ainda estão em investigação. Casos suspeitos atendidos nas 11 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) ou pronto-socorro municipal são notificados e encaminhados para acompanhamento da Vigilância Epidemiológica de Birigui, onde é realizada a coleta de exame e atendimento com médico infectologista.


A DOENÇA

Embora branda, a varíola causada pelo vírus monkeypox é uma doença transmissível que requer cuidados, indica a diretora do Laboratório de Virologia do Instituto Butantan, Viviane Botosso.

Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. Lesões na pele se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os genitais. As lesões na pele parecem as da catapora ou da sífilis até formarem uma crosta, que depois cai.

Os sintomas da varíola dos macacos podem ser leves ou graves, e as lesões na pele podem ser pruriginosas ou dolorosas. Casos mais leves de varíola podem passar despercebidos e representar um risco de transmissão de pessoa para pessoa. No geral, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal) ou pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis.

O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Por isso pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.


AEDES

Além da varíola, foram registrados 9.617 casos positivos de dengue, com seis mortes confirmadas pela doença, e um caso de chikungunya.

Há ainda 184 notificações da dengue em investigação e quatro de zika vírus (sendo duas notificações de residentes fora de domicílio).

A Vigilância Epidemiológica ressalta que a estação, marcada por chuvas e altas temperaturas, gera preocupação, pois são encontrados mais locais com acúmulo de água e larvas do mosquito Aedes aegypti, necessitando maior observação e cuidado.

“Pedimos que a população redobre os cuidados com seus quintais: ralos, calhas, materiais inservíveis, garrafas, pneus, vasos de plantas, bebedouros de animais”, informa em nota.

A Prefeitura destacou também que está realizando o Lira (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes) para traçar estratégia de intensificação de acordo com as áreas mais afetadas.


NEBULIZAÇÃO

Ainda sobre as ações de combate, o município esclareceu que o trabalho de nebulização é realizado sempre que há um caso positivo de dengue ou suspeitos de chikungunya ou zika vírus. O fumacê não é mais utilizado, pois não teria eficácia no combate a fêmea do Aedes aegypti, visto que ela se abriga dentro das residências e o fumacê atinge somente a área externa. “Já a nebulização utilizada consegue atingir as áreas internas das residências. E consegue atingir a fêmea que transmite a doença”, finalizou.

O mosquito Aedes aegypti transmite a dengue, chicungunya, zika vírus e também a febre amarela (essa sem casos notificados no município), doenças chamadas de arboviroses.

A infestação do mosquito é sempre mais intensa em razão de água acumulada e de altas temperaturas – fatores que propiciam a eclosão de ovos do mosquito.

De acordo com o Ministério da Saúde, para evitar esta situação, é preciso adotar medidas permanentes para o controle do vetor, durante todo o ano, a partir de ações preventivas de eliminação de focos do vetor. Como o mosquito tem hábitos domésticos, essa ação depende sobretudo do empenho de toda a população. (*) Aline Galcino - Hojemais Araçatuba


 



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