Bispo católico determina não volta às missas presenciais no momento
Religião
Dom Francisco Carlos da Silva justifica a gravidade extrema da evolução da pandemia
Gilson Ramos 08/04/2021Frente a uma divergência de entendimentos nas decisões de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o bispo diocesano de Lins já se antecipou à decisão da Corte e decretou a não volta às missas presenciais neste momento. O documento foi emitido a todo clero diocesano nesta terça-feira (6).
Dom Francisco Carlos da Silva justifica que, diante da gravidade extrema da evolução da pandemia da Covid-19, com suas novas variantes, com a falta de leitos nos hospitais e, de modo particular, UTIs, a falta de insumo e medicamentos para intubação e até mesmo de profissionais da saúde especializados, “sente que não é o momento de retornar as celebrações presenciais e reuniões em nossas Paróquias e comunidades”.
Com esse entendimento, o líder religioso católico declarou que a suspensão das celebrações presenciais na Diocese de Lins permanece até nova orientação. No documento, o bispo conclamou a párocos e fiéis a seguirem todas as medidas de prevenção, já tão recomendadas pelas autoridades sanitárias e tão conhecidas de todos.
“Diante da triste realidade somos todos responsáveis pelas vidas confiadas ao nosso pastoreio, portanto o momento é de ficar em casa e evitar ao máximo a disseminação da Covid-19 e o surgimento de novas e mais letais variantes”. Por fim, Dom Francisco recomenda para que o clero e os movimentos católicos continuem a utilizar os meios de comunicação, aqueles que puderem, mantendo a unidade.
DIVERGÊNCIAS
O ministro Gilmar Mendes negou, na segunda-feira (5), pedido do PSD para suspender o decreto do Estado de São Paulo, que proibiu a realização de cultos religiosos como medida de prevenção à disseminação da Covid-19.
Com isso, o STF tem duas decisões conflitantes sobre a demanda. No sábado (3), o ministro Nunes Marques atendeu ao pedido de liminar feito pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) e liberou a realização de cultos, desde que os protocolos sanitários sejam respeitados.
Diante do impasse, a questão seria decidida nesta quarta-feira (7), pelo plenário da Corte. Até a conclusão desta edição, o julgamento ainda não tinha terminado. Em sua decisão, Gilmar Mendes afirmou que o decreto de São Paulo é necessário diante do cenário da pandemia.
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