Bruno Covas anuncia fechamento de hospital de campanha do Pacaembu
Saúde
O fechamento se deve, segundo o prefeito, porque a taxa de ocupação nos últimos dez dias nos hospitais de campanha da capital está abaixo de 50%
Da Redação/Agência Brasil 27/06/2020O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou nesta sexta-feira (26) o fechamento do hospital de campanha do estádio do Pacaembu na próxima segunda-feira (29). O fechamento se deve, segundo o prefeito, porque a taxa de ocupação nos últimos dez dias nos hospitais de campanha da capital está abaixo de 50%.
“Desde o dia 1º de junho, a taxa de ocupação dos leitos dos hospitais de campanha e de enfermaria da prefeitura de São Paulo vem caindo. Estamos há quatro semanas em queda nessa taxa. E nos últimos dez dias estamos abaixo dos 50%. Então, isso dá tranquilidade para fechar os 200 leitos do hospital do Pacaembu”, explicou.
Desde que foi criado, o hospital de campanha do Pacaembu atendeu 1.493 pessoas. Na quinta-feira (25), apenas 15 pessoas estavam internadas no local.
Segundo o prefeito, o custo inicial previsto para o hospital do Pacaembu era de R$ 28,6 milhões, incluídos tanto o investimento quanto o custeio. Mas não foi gasto todo esse montante. “Desses R$ 28,6 milhões, o custo final vai ser de R$ 23 milhões”.
O Hospital Albert Einstein, que administra o hospital de campanha do Pacaembu, de acordo com Bruno Covas, vai doar R$ 7 milhões em equipamentos do espaço para três hospitais municipais da zona leste da capital, região que apresenta a maior mortalidade por coronavírus.
"O Albert Einstein, a OSS [organização social de saúde] que administrou aquele espaço, vai doar para a prefeitura de São Paulo todos esses equipamentos que lá eles utilizaram”, informou o prefeito. Os equipamentos serão doados para os hospitais das regiões de Itaquera, Cidades Tiradentes e São Miguel.
O hospital de campanha do Pacaembu foi o primeiro hospital temporário criado na capital para atendimento de casos leves do novo coronavírus (covid-19) e foi inaugurado no dia 6 de abril, com 200 leitos, sendo 16 deles de estabilização. Além dele, a prefeitura também criou o hospital de campanha do Anhembi, com capacidade para até 1,8 mil leitos de baixa complexidade.
Até quinta (25), a cidade de São Paulo tinha 142.750 casos confirmados do novo coronavírus, com 5.241 óbitos. A taxa de ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) para tratamento do coronavírus nos hospitais administrados pela prefeitura paulistana é de 57%. Já a taxa de ocupação de leitos de enfermaria nos hospitais estava hoje em 48%.
“Desde o dia 1º de junho, essa taxa vem diminuindo na cidade de São Paulo e, nos últimos 10 dias, estamos com a taxa abaixo dos 50%”, disse Covas.
Segundo o prefeito, caso ocorra algum aumento no número de casos na capital que necessitem de internação, essas pessoas serão acolhidas pelo hospital de campanha do Anhembi. “Temos 900 leitos no Anhembi que podem ser disponibilizados. São 900 leitos que hoje a prefeitura não paga porque não estão sendo utilizados mas que podem, a qualquer momento, serem utilizados. Temos uma reserva de 900 leitos se necessário”, disse o prefeito. (*) Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo
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