Câmara volta a manifestar preocupação com cemitério histórico
Política
Local enfrenta abandono, sem nenhum tipo de limpeza e outros cuidados
Da Redação 16/04/2025
Cemitério onde foram enterrados 11 desbravadores em 1886 está tomado por grande matagal. Foto: Imagem/Câmara
A Câmara Municipal de Penápolis, por iniciativa da vereadora Professora Jandineia (PT), formalizou requerimento ao Executivo em defesa de medidas para preservação do cemitério onde foram enterrados desbravadores mortos por índios caingangues em 1886.
O local, no patrimônio histórico Nosso Senhor dos Passos, em área rural com acesso pela Rodovia Assis Chateaubriand, a 11 km da zona urbana de Penápolis, enfrenta abandono, sem nenhum tipo de limpeza e outros cuidados.
Jandineia questiona a Secretaria Municipal de Cultura sobre a possibilidade de manutenção frequente na entrada e interior do cemitério e ações para sua melhor identificação.
“Trata-se de um importante ponto histórico, que deve ser revitalizado e fazer parte dos roteiros de visitação pública”, considera a vereadora. O requerimento relatou que em 1863, o pioneiro José Pinto Caldeira e esposa Gestrudes, doaram 100 alqueires de terras ao lado do Ribeirão Lajeado para a formação de povoado, um dos “começos de Penápolis”.
Em setembro de 1886, Joaquim Evaristo Pinto Caldeira realizava um mutirão para plantio de roça em sua propriedade, na região hoje conhecida como Córrego dos Pintos, e os índios caingangues (kaingangas), armados de flechas e guarantans, atacaram na hora do almoço, sendo mortos: José Hilário Paulino, Joaquim Carlos de Castilho, João Mendonça, Francisco Mendonça, José Martins, João Honório, José Pinto Caldeira, Francisco Pires, João Pinto Caldeira, Manoel Pereira e João Pinto Sobrinho, ambos enterrados no cemitério no Patrimônio Nosso Senhor dos Passos.
Com o massacre, houve abandono da região, havendo sua retomada de ocupação somente anos depois. (*) Imprensa/Câmara
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