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Carreata em Penápolis pede justiça pela morte de menina de 1 ano e 3 meses

Polícia

Ato começou em Promissão e terminou na praça Dr. Carlos Sampaio Filho

Grupo saiu de Promissão e encontrou os demais membros na rotatória do Jardim Pevi

Grupo saiu de Promissão e encontrou os demais membros na rotatória do Jardim Pevi. Foto: Ivan Ambrósio

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Dezenas de manifestantes realizaram, na tarde deste sábado (19), uma carreata pedindo justiça e a elucidação rápida do caso que apura a morte de uma menina de um ano e três meses, ocorrida na última segunda-feira (14), em Penápolis.

O ato começou em Promissão, cidade onde o pai biológico da vítima reside, deslocando-se até o município. Com camisetas e bexigas brancas, eles encontraram os demais manifestantes na rotatória que dá acesso ao Jardim Pevi e, de lá, seguiram por ruas e avenidas.


IMÓVEL

No trajeto, o grupo parou na casa onde a menina morava com a mãe e o padrasto, no Jardim Atlântida. Foi colocada, no portão do imóvel, uma faixa com as palavras “Justiça por Mirella” e feito um buzinaço.

O pai biológico se emocionou e foi contido por familiares. De lá, os participantes seguiram até a praça Dr. Carlos Sampaio Filho, na região central da cidade, onde pediram justiça sobre o caso, a oração do Pai Nosso e, por fim, uma salva de palmas.

Esta foi à segunda manifestação feita pelo grupo. Na tarde de terça (15), eles estiveram na frente do 1º DP (Distrito Policial) e da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), exigindo uma resposta rápida por parte das autoridades de segurança.

Na sequência, eles seguiram em passeata, pelas ruas e avenidas da cidade, até a sede do MP (Ministério Público), na Dr. Ramalho Franco, onde foram recebidos por um dos promotores, que informou que o órgão está a par da situação e acompanhando os trabalhos de investigação feitos pela Polícia Civil.


CASO

A menina deu entrada no pronto-socorro já sem vida. Conforme o que foi apurado, na unidade, a médica que fez o atendimento relatou que a criança estava morta havia, pelo menos, seis horas quando foi levada, bem como apresentava marcas roxas pelo corpo. A profissional teria dito ainda que havia sinais de violência sexual no bebê.

A mãe da bebê, de 21 anos, e o padrasto, de 26, estiveram no PS. A Polícia Militar foi acionada por volta das 13h30 e compareceu à unidade. A médica ainda informou que a menina, levada pelo Resgate do Corpo de Bombeiros, apresentava rigidez cadavérica e lesões por todo o corpo, sendo algumas mais recentes e outras antigas, bem como ferimentos no ânus, o que aparentava violência sexual.

Os PMs entraram em contato com o Conselho Tutelar, sendo passado que havia diversas denúncias de maus-tratos envolvendo a vítima. A equipe falou com a mãe e o padrasto. Eles alegaram que, por volta das 22h de domingo (13), colocaram a menina para dormir, após darem mamadeira. Em torno das 11h30 de segunda, eles foram acordar a menina, observando que estava sem vida, acionando os bombeiros. O casal foi levado para prestar esclarecimentos e liberado.


SIGILO

A investigação é mantida sob sigilo. Os trabalhos continuam, estando a frente a titular da unidade, Thaísa da Silva Borges. Nenhum detalhe da investigação será divulgado, pelo menos até a conclusão do inquérito. O caso é tratado como homicídio e um eventual crime sexual.

A polícia aguarda os resultados dos laudos do IML (Instituto Médico Legal) de Araçatuba e da perícia. Um documento, que apontaria que a vítima estaria realizando um tratamento contra anemia em um hospital de Promissão, teria sido apresentado pela mãe às autoridades.



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